Primeiras detenções Hong Kong ao abrigo da nova lei

Mais de 300 detidos em manifestação horas após a entrada em vigor da polémica legislação.

02 de julho de 2020 às 08:50
Nova legislação prevê penas pesadas, incluindo prisão perpétua, para crimes de sedição, subversão ou terrorismo Foto: EPA
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A polícia de Hong Kong deteve esta quarta-feira mais de 300 pessoas nas primeiras horas de vigência da controversa nova lei de segurança nacional, que é vista como uma tentativa do regime chinês para silenciar a dissidência e reforçar o controlo sobre a antiga colónia britânica.

A entrada em vigor da lei coincidiu com o 23º aniversário da devolução do território à China, data que, tradicionalmente, é assinalada com protestos dos ativistas pró-democracia. Este ano, devido à nova lei, foram muito menos os manifestantes que saíram à rua e a polícia não perdeu tempo em usar os novos poderes, dispersando os ativistas com gás lacrimogéneo e canhões de água.Mais de 300 pessoas foram detidas, nove delas ao abrigo da nova legislação, que prevê penas pesadas, incluindo prisão perpétua, para os crimes de sedição, subversão ou terrorismo. Entre os detidos estão duas pessoas que acenavam bandeiras pró-independência. A nova lei estipula ainda a primazia da legislação chinesa sobre as leis do território e a possibilidade de os suspeitos detidos em Hong Kong serem julgados na China continental.

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Dois sistemas

Acordo determina que Hong Kong manteria a autonomia por 50 anos, ao abrigo da fórmula ‘um país, dois sistemas’.

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