Puigdemont queria ativar república catalã
Juntos pela Catalunha fez acordo com radicais da CUP em troca de apoio à investidura.
A Imprensa espanhola divulgou esta sexta-feira um documento firmado pelo ex-presidente catalão Carles Puigdemont e o partido radical Candidaturas de Unidade Popular (CUP) para ativar a república catalã em troca do apoio dos radicais à nova investidura de Puigdemont. O acordo terá fracassado devido ao boicote da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), do ex-presidente catalão Oriol Junqueras, atualmente detido por delitos de rebelião.
A ERC terá recusado devido aos riscos penais de uma investidura de Puigdemont, proibida pela Justiça espanhola porque o líder catalão é procurado pelos mesmos delitos que levaram Junqueras para a prisão e está refugiado em Bruxelas, não podendo tomar posse presencialmente sem correr o risco de ser detido.
Esta recusa da ERC viu-se esta sexta-feira confirmada por afirmações de Marta Rovira, secretária-geral do partido, quando disse que só aceita uma investidura que "seja efetiva e não implique consequências penais para muita gente".
Rovira elogiou, por isso, o adiamento da sessão de investidura, na passada terça-feira, pois tal vai conceder tempo para encontrar uma solução que não arrisque "prejudicar a maioria dos independentistas".
PORMENORES
Governo de Rajoy recua
O governo espanhol temperou as palavras do ministro da Justiça, que ameaçou com novas eleições catalãs em dois meses, e frisou esta sexta-feira que cabe aos advogados do Parlamento catalão ditar se o prazo legal de dois meses já está a contar apesar de a investidura ter sido adiada.
Candidatos alternativos
Os separatistas já estudam alternativas a Puigdemont. Jordi Sánchez, nº2 do Juntos pela Catalunha (JuntsxCat), é o preferido, mas está detido. Das alternativas destacam-se Jordi Turull e Elsa Artadi, ideóloga da campanha do JuntsxCat.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt