Putin decreta 10 anos de prisão para quem recusar lutar na Guerra

Russos continuam a tentar fugir à mobilização militar. Filas de 10 km na fronteira com a Geórgia.

25 de setembro de 2022 às 10:17
Imagem 26432588 (15397380).jpg (Milenium) Foto: EPA
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Quem se recusar a combater ou desobedecer às ordens do exército russo pode enfrentar penas de prisão de até 10 anos. O Presidente russo, Vladimir Putin, promulgou este sábado uma nova lei que introduz penas severas para os soldados que desertem, que se rendam “sem autorização”, ou que recusem a combater na Ucrânia, durante o período de mobilização.

No mesmo dia, o vice-ministro da Defesa da Rússia, Dmitry Bulgakov, encarregado da logística militar desde o início da invasão, foi demitido. Para o cargo foi designado o general coronel Mijaíl Mizíntssev, um dos responsáveis pelo cerco russo à cidade de Mariupol.

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Em contrarrelógio, milhares de russos continuam a fugir do país, receando que as fronteiras possam fechar a qualquer momento. Ao início da manhã de ontem, a fila de carros na fronteira com a Geórgia ultrapassava os dez quilómetros, segundo avançou a BBC, e o tempo de espera para atravessar a fronteira superava mais de 20 horas.

Já a Lituânia, por seu turno, declarou que não irá dar o estatuto de refugiado aos cidadãos russos que procurem asilo no país. O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros. “Os russos têm de ficar e lutar. Contra Putin”, escreveu Gabrielius Landsbergis, na sua conta na rede social Twitter.

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Amanhã, os 27 Estados-membros da União Europeia realizam uma reunião de emergência, em que se espera que sejam anunciadas novas sanções e medidas contra a Rússia.

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