Putin diz que “grupo grande” de civis deixou Ghouta Oriental

Tropas sírias iniciam avanço terrestre no segundo dia da trégua decretada por Moscovo.

01 de março de 2018 às 08:57
Militares russos com civis sírios junto a Ghouta Oriental Foto: Reuters
Dez dias de bombardeamentos em Ghouta Oriental fizeram mais de 500 mortos e milhares de feridos Foto: Reuters
Fontes da oposição a Bashar al-Assad acusam o regime sírio de lançar um ataque químico na região de Ghouta, que matou uma criança e fez dezenas de feridos Foto: EPA
Vítimas dos bombardeantos de Damasco contra Ghouta Oriental Foto: Getty Images
Vítimas dos bombardeantos de Damasco contra Ghouta Oriental Foto: Getty Images
Bombardeamentos em Ghouta já fizeram perto de 500 mortos em seis dias Foto: Mohammed Badra/EPA
Bombardeamentos em Ghouta já fizeram perto de 500 mortos em seis dias Foto: Mohammed Badra/EPA

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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta quarta-feira que um "grupo bastante grande" de civis foi retirado de Ghouta Oriental. As afirmações contradizem o chefe da diplomacia russa.

Sergei Lavrov repetiu ontem que os grupos rebeldes que dominam aquela região dos arredores de Damasco bombardeiam o corredor humanitário criado pela Rússia, impedindo a saída de civis e a entrega de ajuda à população.

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Putin, contudo, não explicou se as evacuações aconteceram desde que, na terça-feira, entrou em vigor uma trégua diária de cinco horas implementada pela Rússia.

No primeiro dia, a trégua foi violada, com rebeldes e russos a culparem a outra parte. Ontem, a pausa nos combates terá sofrido menos violações, mas de tarde os bombardeamentos recomeçaram e tropas terrestres sírias apertaram o cerco aos rebeldes que controlam Ghouta, entre eles o Jabhat al-Nusra, ligado à al-Qaeda.

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A Rússia reiterou que está a fazer tudo para implementar a trégua, mas, apesar das afirmações de Putin, não há relatos sobre a saída de civis. Por outro lado, a Cruz Vermelha alertou que cinco horas de trégua não permitem a chegada de caravanas humanitárias. 

Arsenal químico com ajuda norte-coreana

Diz ainda que especialistas norte-coreanos em mísseis foram vistos em centros militares sírios. Paralelamente, os EUA acusaram a Rússia de não cumprir o acordo de 2013 para destruir o arsenal químico sírio.

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