Qatar Airways condenada a pagar consultas de terapia a modelo impedida de viajar por ser "muito gorda"
Tratamento deve consistir "numa sessão terapêutica semanal" para que a influencer seja capaz de enfrentar a angústia causada pelo incidente.
Um tribunal em São Paulo, no Brasil, condenou a companhia aérea Qatar Airways a pagar consultas de terapia à modelo brasileira Plus size, depois de a ter impedida de embarcar num voo "porque era demasiado grande para o lugar".
Juliana Nehme, de 38 anos, denunciou, na rede social Instagram, no passado mês de novembro, que foi impedida de embarcar num voo da Qatar Airways por ser "muito gorda" e acusou a companhia aérea de discriminação.
A modelo disse, no vídeo partilhado, que a empresa qatari a informou que não tinha direito ao lugar, mesmo depois de já ter pago mil dólares (960 euros) pelo bilhete, porque, para embarcar, precisava de comprar um assento executivo ou dois bilhetes normais para "caber no assento".
O tribunal ordenou que a companhia que pague as consultas de terapia a Juliana, para que esta seja capaz de enfrentar a angústia causada pelo incidente, refere o jornal britânico Daily Mail.
O tratamento deve consistir "numa sessão terapêutica semanal, no valor de 400 reais (73 euros) por um período de pelo menos um ano, num total de 19.200 reais (4 mil euros), a depositar na conta bancária da modelo".
O advogado da influencer, Eduardo Barbosa, descreveu a decisão como "um marco na luta contra o preconceito".
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