Quem é Shamsud-Din Jabbar, o veterano do Exército dos EUA que avançou contra uma multidão e matou 15 pessoas

Shamsud-Din Jabbar, de 42 anos, é veterano do Exército dos EUA e principal suspeito do atropelamento que matou pelo menos 15 pessoas e deixou 30 feridas, na quarta-feira, em Nova Orleães, nos Estados Unidos da América. O atacante morreu numa troca de tiros com a polícia.

Informação avançada pelo FBI, e citada pela Associated Press, indica que Jabbar é cidadão norte-americano e vivia no Texas. As autoridades estão a tentar apurar se existia alguma ligação entre Jabbar e organizações terroristas, uma vez que, além de armas e explosivos artesanais, foi encontrada uma bandeira do Daesh. “Não acreditamos que Jabbar seja o único responsável”, disse o FBI durante uma conferência de imprensa.

Jabbar juntou-se ao Exército em 2007 e desempenhou funções na área dos recursos humanos e tecnologias da informação. Entre 2009 e 2010 esteve destacado no Afeganistão. Passou à reserva em 2015 e saiu em 2020, com a patente de sargento.  

Segundo a agência Reuters, em 2020 foi publicado no YouTube um vídeo a promover uma agência imobiliária de uma pessoa com o mesmo nome e um perfil coincidente com o do atacante de Nova Orleães. No vídeo, o homem dizia que tinha servido o Exército durante dez anos, nas áreas de recursos humanos e como especialista em tecnologias da informação, onde salientava que tinha aprendido a importância de servir e de levar tudo a sério.

“Peguei nessas capacidades e apliquei-as na minha carreira como agente imobiliário, onde sinto que me distingo dos outros pela minha capacidade de ser um negociador feroz”, diz no vídeo.

A Reuters indica ainda que no vídeo o homem se apresenta como gestor da Blue Meadow Properties LLC, uma empresa do Texas cuja licença de funcionamento expirou em 2022. Jabbar esteve registado como agente imobiliário durante quatro anos, até fevereiro de 2023, segundo os registos.

Sobre o momento do ataque em Nova Orleães, a Associated Press revela ainda que Jabbar usava um camuflado, um colete à prova de bala e capacete.

Em declarações ao país, Joe Biden, o presidente dos EUA, disse que o homem publicou vídeos nas redes sociais "indicando que foi inspirado pelo Daesh e expressando o desejo de matar". 

O FBI está a liderar a investigação.