Catalunha já tem novo presidente

Parlamento catalão elegeu o independentista Quim Torra.

14 de maio de 2018 às 13:39
Quim Torra
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Chegou ao fim o filme mas nesta altura é impossível prever se haverá, ou não, sequela. O parlamento da Catalunha (parlament) elegeu esta segunda-feira, 14 de Maio, o deputado independentista Quim Torra como presidente do governo autonómico da região. Mais de seis meses depois de, em 27 de Outubro último, o ex-presidente catalão Carles Puigdemont ter declarado de forma unilateral a independência e, em resposta, o governo liderado por Mariano Rajoy ter activado o artigo 155, retirando a autonomia à região, a Catalunha recuperou o seu governo autonómico.  

Madrid já avisou que se as autoridades catalãs voltarem a infringir a Constituição, ameaçando a integridade do reino espanhol, será reactivado o artigo 155, o mecanismo constitucional através do qual o governo central espanhol pode assumir as rédeas de qualquer região autonómica.  

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Seja como for, estão agora reunidas as condições para evitar novas eleições antecipadas, isto porque se até ao dia 22 deste mês não houvesse um governo empossado, a Catalunha teria de realizar novo acto eleitoral, isto depois de as últimas eleições regionais (21 de Dezembro) terem reiterado uma maioria absoluta às forças independentistas (Juntos pela Catalunha, Esquerda Republicana da Catalunha e Candidatura de Unidade Popular). 

Os votos favoráveis dos quatro deputados da esquerda-radical (CUP) foram decisivos para garantir a eleição de Torra, isto depois de o candidato ter falhado a maioria absoluta necessária à eleição como presidente catalão na primeira sessão de investidura que teve lugar no passado sábado. Nesta segunda sessão bastava uma maioria simples dos votos e a eleição ficou pré-anunciada esta domingo depois de a direcção da CUP ter decidido viabilizar a candidatura de Quim Torra.

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Quim Torra foi o terceiro candidato apresentado à investidura, isto depois de Puigdemont, Jordi Sànchez e Jordi Turrul terem fracassado, o primeiro por estar numa espécie de exílio e os dois "jordis" por se encontrarem detidos em Espanha. 

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