Candidato independentista falhou primeira tentativa de investidura devido à abstenção dos radicais da CUP.
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O Parlamento da Catalunha rejeitou este sábado a investidura de Quim Torra como novo presidente da Generalitat graças à abstenção dos quatro deputados da CUP, que admitem, no entanto, inverter o sentido de voto na segunda votação, marcada já para esta segunda-feira, após consultarem as bases do partido.
O ex-presidente da associação independentista Ómnium Cultural foi escolhido pessoalmente pelo líder independentista Carles Puigdemont para tentar desbloquear o impasse que deixou a Catalunha sem governo desde as eleições de dezembro, mas apesar de um discurso radical, em que prometeu manter o desafio ao Estado e "trabalhar sem descanso pela criação da república catalã", não conseguiu convencer os independentistas radicais da CUP, cujos votos eram necessários para garantir a maioria absoluta necessária para ser investido.
Torra teve 66 votos a favor (dos partidos Juntos Pela Catalunha e da ERC) e 65 votos contra (do bloco constitucionalista), tendo os quatro deputados da CUP optado pela abstenção.
O partido admite, no entanto, alterar a sua posição na votação da manhã, após a consulta às bases que vai decorrer este domingo. Na segunda votação, em que basta maioria simples para ser eleito, Torra só precisa que os deputados da CUP não votem contra para ser investido presidente do governo regional.
"Não gostámos do que ouvimos", diz Rajoy
O primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy evitou este sábado fazer "juízos de valor" sobre o candidato à liderança da Generalitat, mas avisou que as primeiras declarações de Torra não são prometedoras. "Não gostámos do que vimos nem do que ouvimos.
Não é representativo do que é a Catalunha, mas vamos esperar e avaliá-lo pelas suas ações", afirmou o primeiro-ministro, lembrando que a Catalunha "precisa de um governo que cumpra a lei".
Puigdemont ameaça com novas eleições
O líder independentista catalão Carles Puigdemont garantiu este sábado que Quim Torra não hesitará em convocar eleições já em outubro - o prazo mínimo legal após a investidura - se o governo espanhol "continuar com a perseguição". A firmação foi feita em entrevista ao La Stampa.
PORMENORES
Fiel ao referendo
Quim Torra prometeu no seu discurso de candidatura ser "fiel ao mandato de 1 de outubro", numa referência ao referendo ilegal que levou à declaração unilateral de independência e à aplicação do Artigo 155 na Catalunha.
Insistência no desafio
O candidato defendeu ainda que quem devia estar a ser investido era Carles Puigdemont e anunciou que, além da criação da república, a sua prioridade será a reposição de todas as medidas anuladas ou suspensas pelo Tribunal Constitucional.
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