“Rússia pode atacar a qualquer momento”, avisam EUA

Moscovo já concentrou 70% das forças necessárias para ataque à Ucrânia em larga escala.

07 de fevereiro de 2022 às 08:19
Civis ucranianos treinam para enfrentar uma eventual invasão russa, que, segundo os EUA, poderá ocorrer “a qualquer momento” Foto: EPA
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Os Estados Unidos avisaram este domingo que a Rússia pode atacar a Ucrânia "a qualquer momento" mas ainda não é claro se Vladimir Putin já tomou uma decisão final e quais os objetivos de uma eventual ação militar, a qual poderá assumir diversas formas. Washington acredita, porém, que ainda é possível evitar a guerra através da diplomacia.

"A ‘janela’ para uma invasão está aberta. A qualquer momento, a Rússia pode desencadear uma ação militar contra a Ucrânia, ou pode ser só daqui a umas semanas. Mas a Rússia ainda pode escolher o caminho da diplomacia", afirmou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em entrevista à Fox News. "Pode assumir várias formas. Pode acontecer já amanhã ou demorar algumas semanas. Putin posicionou as suas forças de forma a poder lançar uma agressão contra a Ucrânia a qualquer altura", acrescentou.

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O alerta de Sullivan surge horas depois de os EUA terem informado que Moscovo já posicionou 70% dos meios militares necessários para um ataque em larga escala. A Rússia tem neste momento junto à fronteira ucraniana 83 batalhões táticos, incluindo unidades de apoio, num total de 130 mil homens, e mais 14 batalhões estão a caminho vindos de outras partes da Rússia. Os EUA estimam que Moscovo precisa de 110 a 130 batalhões para lançar uma invasão em larga escala, número que deverá ser alcançado dentro de duas semanas.

Washington frisa, no entanto, que o facto de esta força ainda não estar completa não impede a Rússia de lançar antes disso uma ação militar de âmbito mais limitado, incluindo a anexação das regiões do Leste da Ucrânia que estão nas mãos dos separatistas pró-russos desde 2014 ou mesmo um eventual avanço contra a capital, Kiev, a partir da Bielorrússia, onde 30 mil militares russos iniciam esta quinta-feira manobras.

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