Terrorista de Paris recusa novamente responder a juízes
Após andar fugido durante 18 meses, Abdeslam foi detido a 18 de março em Molenbeek.
Salah Abdeslam, o único membro vivo dos comandos dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, que causaram 130 mortos, recusou esta quinta-feira pela terceira vez responder a questões de juízes franceses.
"Ele exerceu o seu direito ao silêncio", declarou o seu advogado Frank Berton, após o seu cliente de 26 anos ter comparecido num tribunal em Paris para um interrogatório de cerca de uma hora e meia por parte de juízes antiterroristas.
A procuradoria de Paris confirmou à agência France Presse que Salah Abdeslam se manteve em silêncio face às perguntas dos magistrados.
O advogado disse estar confiante de que Abdeslam irá eventualmente cooperar com os investigadores que procuram determinar o seu papel nos atentados.
O suspeito chave daqueles atentados tem recusado responder a perguntas desde que foi transferido da Bélgica para França em abril e estará irritado por ser vigiado ininterruptamente na sua cela em Fleury-Mérogis (sul de Paris).
Em julho, o seu advogado tentou sem sucesso acabar com a vigilância, disse uma fonte próxima do processo à AFP.
Após andar fugido durante 18 meses, Abdeslam foi detido a 18 de março em Molenbeek, um bairro de Bruxelas conhecido por ser um foco de extremismo islâmico e onde cresceu.
Foi transferido para França a 27 de abril para responder a acusações de terrorismo. Os investigadores têm ainda de determinar o papel exato de Abdeslam nos ataques coordenados em bares, restaurantes, na sala de espetáculos Bataclan e junto ao Estádio de França.
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