Supremo inclinado para absolver Temer

Quatro dos sete juízes são favoráveis a excluir depoimentos de executivos da Odebrecht, o que facilitaria a absolvição do presidente.

Supremo, Temer, Brasil, corrupção, absolvição Foto: Reuters
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A maioria dos juízes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil mostrava-se ontem propensa a excluir do julgamento dos depoimentos da ex-executivos da Odebrecht que incriminam Michel Temer no alegado uso de fundos ilícitos para financiar a campanha de 2014, facilitando assim a absolvição do presidente.

Ao final da noite, a votação ainda não tinha terminado, mas quatro dos sete juízes do TSE já se tinham manifestado em comentários anteriores a favor da exclusão do processo em curso dos depoimentos dos executivos da Odebrecht que confirmam o uso de fundos provenientes da corrupção para financiar a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer.

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O relator do caso, juiz Hermann Benjamin, ouviu os executivos da Odebrecht em março, após o Supremo Tribunal ter aprovado as delações onde estes acusam Dilma e Temer de terem pedido e recebido milhões ilícitos para a campanha. Se esses testemunhos forem retirados dos autos, Temer fica sem acusações de vulto e será ilibado, o mesmo podendo ocorrer com Dilma, destituída em agosto por outros motivos.

Confiante na vitória no TSE, para onde nomeou dois dos quatro juízes que defendem a exclusão, Temer disse, quarta-feira, "não ter dúvida" de que governará até ao último dia do mandato, 31 de dezembro de 2018.

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