Tempestade ameaça prejudicar resgate das vítimas do sismo no Haiti
Número de mortos já ultrapassou os 720. Há milhares de feridos.
As equipas de resgate lutam contra o tempo para encontrarem sobreviventes nos escombros dos prédios que desabaram na sequência do sismo de magnitude 7,2 na escala de Richter que atingiu o Haiti, no sábado, provocando a morte a, pelo menos, 724 pessoas, de acordo com o último balanço oficial. Há milhares de feridos.
O terramoto é a mais recente tragédia num país pobre e em grandes dificuldades, que já está em alerta para uma nova calamidade devido à aproximação da tempestade tropical ‘Grace’, que deverá atingir a região nas próximas horas. De acordo com o Centro Nacional de Furacões, toda a costa do Haiti está sob vigilância, prevendo-se ventos e chuvas fortes já esta noite ou na manhã de amanhã. A chuva pode causar inundações e deslizamentos de terras, complicando o resgate.
O sismo ocorreu no sudoeste do Haiti, com epicentro a 10 km de profundidade, tendo sido sentido também noutros países das Caraíbas. Hospitais, escolas, casas e igrejas foram destruídas ou seriamente danificadas. “Precisamos de mostrar muita solidariedade perante esta emergência”, disse o PM do Haiti, Ariel Henry, nomeado a 5 de julho pelo presidente Jovenel Moïse, que viria a ser assassinado dois dias depois. “Começámos a enviar medicamentos e pessoal médico para os locais afetados”, disse Henry, adiantando que as pessoas que precisam de cuidados especiais urgentes serão transferidas para os países vizinhos.
A solidariedade internacional não se fez esperar. O Papa apelou à ajuda internacional, o presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu ajudar na reconstrução e o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou condolências.
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