Terceira tentativa para aprovar acordo do Brexit
Theresa May espera que promessa de demissão seja suficiente para convencer rebeldes conservadores.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, vai tentar esta sexta-feira, pela terceira vez, que o Parlamento aprove o seu acordo do Brexit, esperando que a sua promessa de demissão seja suficiente para convencer os rebeldes do seu partido a votar a favor do documento.
O Reino Unido precisa de aprovar o acordo até à meia-noite desta sexta-feira para a UE aceitar o adiamento da data de saída para 22 de maio. Caso contrário, o país sairá da União Europeia sem acordo no próximo dia 12.
O presidente do parlamento, John Bercow, tinha avisado que só permitiria uma terceira votação se o acordo incluísse "mudanças significativas", o que não é o caso.
Para contornar este obstáculo, May decidiu separar o acordo do Brexit da Declaração Política sobre a futura relação com a UE, submetendo a votação apenas o primeiro. Uma medida que, legalmente, é válida mas que provocou a revolta da oposição trabalhista, que recusa aprovar um acordo que colocaria o país fora da UE "sem fazer a mínima ideia sobre o rumo a tomar", algo que o partido diz ser "inaceitável".
Também não é certo que a promessa de May de se demitir antes do verão se o acordo for aprovado seja suficiente para convencer os rebeldes conservadores que até agora o têm rejeitado.
Cerca de duas dezenas desses rebeldes já disseram que, desta vez, votarão a favor para evitar a ameaça de um novo referendo ou de uma revogação do Brexit, mas esse número não é suficiente para garantir a aprovação.
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