Termina sem acordo a negociação do Brexit
Líder da oposição informou Theresa May que os debates “foram até onde podiam ir”.
As negociações sobre o Brexit entre o governo britânico e a oposição trabalhista terminaram esta sexta-feira sem qualquer acordo.
O fracasso foi confirmado horas depois de a primeira-ministra, Theresa May, confirmar que deixará o cargo no início de junho, após uma nova votação do seu projeto de Brexit no Parlamento, onde o texto já foi chumbado por três vezes.
Corbyn pôs o ponto final nas negociações iniciadas em abril, ao escrever a May que os debates "foram até onde podiam ir".
A primeira-ministra culpa os trabalhistas pelo fracasso, acusando o partido de Corbyn de não saber "se quer levar o Brexit por diante ou realizar um segundo referendo para o anular".
Corbyn, por seu lado, culpou a fraqueza de May, acusando-a de "ter ido negociar sem autoridade" e sem "mostrar que pode conseguir o que quer que seja", especialmente depois de admitir que vai demitir-se após uma derradeira votação do acordo que assinou com Bruxelas.
Corbyn alertou que chumbará o acordo uma vez mais.
O líder dos Liberais Democratas, Vince Cable, atacou os principais partidos: "A fraqueza do governo e as vacilações dos trabalhistas deixaram as negociações em terreno instável desde o início.
PORMENORES
Sucessor herda processo
Theresa May garantiu que vai deixar o cargo e agendar a eleição do sucessor na liderança do Partido Conservador. O vencedor torna-se automaticamente primeiro-ministro do Reino Unido, ficando com o complicado dossiê do Brexit nas mãos.
Diferenças inconciliáveis
O Partido Trabalhista queria uma união aduaneira permanente com a UE, considerada pelos conservadores como um contrato de dependência. O partido de Jeremy Corbyn admitia, também, um novo referendo ao Brexit, algo rejeitado pela linha dura conservadora.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt