Theresa May acusa Rússia de envenenamento de espião e faz ultimato
Líder do governo britânico diz que envolvimento russo no caso é "altamente provável".
A primeira-ministra britânica Theresa May declarou, esta segunda-feira, que o envolvimento da Rússia no envenenamento de um espião é "altamente provável".
No Parlamento, May confirmou que o antigo espião Skripal e a filha foram envenenados com um agente nervoso usado a nível militar e acusa Moscovo de ter sido responsável pelo crime ou de ter, pelo menos, permitido que a substância caísse nas mãos erradas.
Para a líder britânica, a tentativa de homicídio do passado dia 4 de março foi um ataque contra o Reino Unido, pelo que fez um ultimato à Rússia, que terá até esta terça-feira para explicar como é que este agente nervoso apareceu em Salisbury.
Se se provar o envolvimento russo, May garante que o Reino Unido está preparado para adotar medidas drásticas contra Moscovo.
Recorde-se que, há dias, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Boris Johnson, ameaçou o Kremlin, assegurando que, se se provar que a Rússia está envolvida no caso, a Inglaterra cancela a sua participação no Mundial de Futebol. Sergei Skripal, ex-espião, foi considerado um traidor e condenado por passar segredos da Rússia à Inglaterra.No dia 4 de março, Sergei Skripal, de 66 anos, e a filha, com cerca de 30, foram encontrados inconscientes em Salisbury, no Reino Unido. Rússia responde e fala em "circo"Moscovo não perdeu tempo a responder a Theresa May e, minutos depois das declarações proferidas no parlamento britânico, garantiu que as alegações feitas pela primeira-ministra eram "motivadas por razões políticas" e "baseadas numa provocação". Segundo a agência noticiosa russa, Moscovo encarou as declarações como "um espetáculo de circo no parlamento britânico". Estados Unidos da América concorda com versão britânicaOs EUA acreditam que a Rússia é a mais "provável responsável" pelo envenenamento do ex-espião em solo britânico, dando força às declarações de hoje de Theresa May.Rex Tillerson, secretário de estado do governo de Trump, publicou um comunicado em que dá razão à versão do Reino Unido."Concordamos que quem seja responsável, tanto por cometer o crime como por ordená-lo, deve enfrentar consequências sérias e apropriadas", é dito.
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