Trump lucrou milhões de dólares com fraude imobiliária
Procuradora-geral de Nova Iorque acusou o ex-Presidente e os filhos de inflacionarem artificialmente o valor do seu império imobiliário.
O ex-Presidente Donald Trump e os três filhos adultos - Ivanka, Eric e Don Jr. - foram acusados pela procuradora-geral de Nova Iorque de inflacionarem artificialmente o valor do seu império imobiliário ao longo de mais de uma década, defraudando o Estado, seguradoras e bancos em milhares de milhões de dólares.
Segundo Letitia James, que liderou uma investigação de mais de três anos às atividades financeiras da Organização Trump, o ex-Presidente e os filhos fizeram mais de 200 declarações falsas ou enganadoras sobre o valor das suas propriedades, incluindo apartamentos, hotéis e clubes de golfe, inflacionando o seu valor real de modo a obterem condições mais vantajosas em empréstimos bancários e benefícios fiscais. Este esquema fraudulento terá rendido mais de 250 milhões de dólares à Organização Trump.
A investigação apurou, por exemplo, que o resort de Mar-A-Lago, na Florida, foi avaliado pela Organização Trump em 739 milhões de dólares, quase dez vezes mais que o valor real da propriedade, que é de 75 milhões. De igual modo, a penthouse do ex-Presidente no Edifício Trump em Nova Iorque, que tem cerca de 1000 m2, foi falsamente apresentada como tendo uma área total de 2700 m2 e um valor de 327 milhões de dólares. “Nenhum apartamento em Nova Iorque foi alguma vez vendido por esse preço”, disse James, que acusou Trump e a família de terem aperfeiçoado “a arte de roubar”, numa alusão ao título do livro do ex-Presidente, ‘A Arte do Negócio’.
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