Ultimato a May para aprovar o acordo do Brexit

Bruxelas aceitou adiar a saída britânica mas com condições.

23 de março de 2019 às 09:33
May foi pedir adiamento do Brexit até junho mas conseguiu apenas uma folga de semanas para resolver o impasse Foto: EPA
Theresa May
Theresa May sai de Downing Street para novo debate sobre o Brexit no Parlamento Foto: EPA
Theresa May

1/4

Partilhar

A União Europeia (UE) lembrou esta sexta-feira que o destino do Brexit "está nas mãos dos nossos amigos britânicos".

A frase é do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e urge um dia depois de a UE aceitar o pedido da PM britânica, Theresa May, para adiar o prazo do ‘divórcio’ do Reino Unido.

Pub

Mas o ‘sim’ de Bruxelas é condicionado, como explicou Tusk. May terá de conseguir que o parlamento britânico aprove na próxima semana o acordo de saída, que rejeitou já por duas vezes.

Nesse caso, o Brexit passa de 29 de março, o prazo legal, para 22 de maio. Mas, caso May falhe, como tudo indica, os britânicos têm somente até 12 de abril para apresentar um plano alternativo.

Pub

"Isto significa que até essa data tudo é possível: um acordo, uma extensão mais prolongada no caso de o Reino Unido decidir repensar a sua estratégia, ou a revogação do artigo 50, o que é uma prerrogativa do governo britânico", explicou Tusk.

A opção de votar de novo o acordo vai mesmo por diante, apesar de o presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, ter determinado que teria de sofrer alterações substanciais para poder ser votada uma terceira vez.

Quanto às alternativas, as mais viáveis são a realização de um novo referendo ao Brexit (opção rejeitada por May), deixar a UE sem um acordo ou negociar um acordo económico especial, algo que merece reservas, desde logo porque deixa por resolver a questão da Irlanda.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar