Português morre em ataque com faca em França. Há vários feridos
Suspeito já estava identificado para efeitos de prevenção do terrorismo e foi detido.
Pelo menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas na sequência de um ataque à facada em Mulhouse, França, esta sábado.
A vítima mortal é um português de 69 anos, avançou o Le Figaro.
Os factos ocorrerem esta tarde de sábado, próximo de um mercado coberto.
O suspeito foi detido pela polícia e, segundo o Ministério Público, já estava identificado para efeitos de prevenção do terrorismo, indica a BFM. A mesma fonte refere que o detido tinha "um perfil esquizofrénico".
O homem, de 37 anos, terá cometido os crimes à margem de uma manifestação e há dois agentes da polícia municipal feridos com gravidade, disse o procurador Nicolas Heitz à AFP, acrescentando que outros três agentes sofreram ferimentos mais ligeiros.
O suspeito consta do "ficheiro de processamento de sinalização para a prevenção da radicalização terrorista", declarou o procurador.
A Procuradoria Nacional Antiterrorismo (PNAT), que assumiu a investigação, referiu que o homem estava armado com uma faca e uma chave de fendas e gritava “Allah Akbar” (“Deus é o maior” em árabe).
Antes de deterem o atacante, um agente chegou a pensar disparar para neutralizar o suspeito, mas acabou por não o fazer, uma vez que havia muitas pessoas na zona, o que representava um risco de vítimas colaterais, disse o ministro do Interior, Bruno Retailleau, à BFM.
Suspeito foi expulso do território francês dez vezes, mas a Argélia nunca o aceitou
O suspeito, nascido na Argélia, estava sujeito a uma obrigação de saída do território francês. "Em dez ocasiões, os meus serviços contactaram o consulado, mas a Argélia nunca aceitou" o suspeito, disse Retailleau.
O homem chegou ao país de forma ilegal, em 2014. Em 2023, foi condenado a seis meses de prisão por apologia ao terrorismo na sequência de comentários sobre o ataque de 7 de outubro do Hamas em Israel, mas foi libertado após quatro meses e meio de detenção.
Depois de ter saído da cadeia, foi colocado num centro de detenção administrativa (CRA) durante três meses período durante o qual a França tentou deportá-lo para a Argélia, mas sem sucesso.
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