Grupo de 26 pessoas estava numa taberna quando as chamas avançaram, na Grécia.
É a história que fica para a História da tragédia que esta terça-feira se abateu às portas de Atenas. Vinte e seis pessoas morreram abraçadas, na esplanada de uma taberna, situada a cerca de 30 metros da orla marítima. Foram encontradas por um grupo de voluntários da Cruz Vermelha grega.
Famílias encurraladas pelas chamas morreram abraçadas
"Tentaram encontrar um caminho de fuga, mas infelizmente não o conseguiram a tempo", lamentou a vice-presidente da instituição. Homens, mulheres e crianças ficaram completamente encurralados. Morreram agarrados uns aos outros.
"Foi uma visão aterradora", descreveu Vicki Konstantinidu. "Estavam na taberna, ao lado do mar, possivelmente numa celebração de família. Aguentaram dentro do estabelecimento até que ficaram cercados. Não conseguiram chegar ao mar, que estava ali a escassos metros", contou a 'vice' da Cruz Vermelha ao jornal 'El País'.
O fogo assassino nasceu e cresceu a partir de três pontos próximos da capital grega: a cidade de Rafina (a 50 km a leste de Atenas); a estância balnear de Mati (a 29 km); e Kineta (50 km a oeste). O vento, muito forte, empurrou as chamas a uma velocidade impensável. Quem retardou a fuga foi apanhado em casa ou pelo caminho. Uns a pé, outros de carro.
A morte destas 26 pessoas à beira-mar traz à memória o dia 17 de junho de 2017, quando o fogo engoliu Pedrógão Grande. Neste caso, porém, com um final feliz. Aconteceu em Nodeirinho, onde um grupo de pessoas ficou rodeado pelas chamas. Valeu Maria do Céu, uma habitante, que as encaminhou para um tanque. Esperaram horas dentro de água até o fogo passar. Eram doze. Sobreviveram todas.
Na tragédia de ontem há ainda a lamentar a morte de um bebé, de apenas seis meses, por intoxicação.
Portugal envia 50 'canarinhos'
Portugal vai enviar 50 elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) para ajudar a combater os incêndios na Grécia, disponibilizando apoio terrestre, tal como a Grécia solicitou ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil. A revelação foi feita ontem pelo ministro da Administração Interna.
"O pedido foi feito segunda-feira ao final do dia pelo governo grego. Fizemos uma avaliação com grande urgência, compreendendo o nível dramático do que está a acontecer. Decidimos, dentro de um quadro de emergência e dos nossos recursos, enviar, para já, cerca de 50 elementos da FEB", sublinhou Eduardo Cabrita. O ministro esclareceu que a Grécia tem como prioridade "apoio terrestre de pessoal especializado", tendo sido, por isso, decidido enviar agora 50 bombeiros da FEB, também conhecidos por "canarinhos". O governante falava na partida da missão portuguesa - composta por oito elementos da Autoridade Nacional de Proteção Civil e dois aviões médios anfíbios - para ajudar a combater os fogos na Suécia.
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