Empresários pró-Bolsonaro montaram esquema de envio de centenas de milhões de mensagens através do Whatsapp com notícias falsas sobre Fernando Haddad.
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Empresas estão a comprar o envio, através do Whatsapp, de centenas de milhões de mensagens e notícias falsas contra o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad. De acordo com a investigação do jornal brasileiro Folha de São Paulo, o intuito é beneficiar o candidato do Partido Social Liberal, Jair Bolsonaro, na corrida à segunda volta das eleições no Brasil, marcada para o próximo dia 28 de outubro.
O jornal indica que a acção é ilegal, uma vez que representa uma doação de campanha por parte de empresas que é vedada pela legislação eleitoral e não é declarada. Cada contrato terá um valor de 12 milhões de reais – quase três milhões de euros – e, entre as empresas sob suspeita está a Havan de Luciano Hang, conhecido apoiante de Bolsonaro que foi filmado a coagir os seus funcionários a votar no candidato de extrema-direita.
A rede Whatsapp é a principal ferramenta para o envio de centenas de milhões de mensagens de propaganda política durante as eleições presidenciais, além de notícias falsas. As empresas contratam agências de marketing que utilizam listas de contactos usadas para fins comerciais – algo ilegal em fins de propaganda política.
Segundo a Folha de São Paulo, as listas de contactos estão dispostas pelo grau de apoio ou oposição dos destinatários em relação aos candidatos presidenciais – uma estratégia semelhante à utilizada pela campanha de Donald Trump nas eleições norte-americanas.
Escândalo de mensagens de propaganda pode tramar Bolsonaro
Em reacção, Fernando Haddad anunciou que irá levar o caso à justiça, acusando Bolsonaro de montar uma organização criminosa para influenciar o resultado das presidenciais. "Vamos pedir providências para que esses empresários corruptos sejam imediatamente presos para parar com essas mensagens de WhatsApp", afirmou em conferência de imprensa. "Espero que a democracia resista ao que está a acontecer". De acordo com a revista Veja, o partido de Ciro Gomes, o PDT, também deverá pedir a impugnação da candidatura de Bolsonaro.
Especialistas em lei eleitoral, consultados pela Reuters, indicam que Bolsonaro pode correr o risco de ser afastado da segunda volta das presidenciais se forem provadas as suspeitas levantadas pela Folha de São Paulo. Em causa está o crime de "abuso de poder económico", mesmo que o candidato não tenha conhecimento das acções dos empresários implicados.
Nas redes sociais, Bolsonaro negou qualquer prática ilegal e declarou que "o apoio voluntário é algo que o PT desconhece e não aceita". As últimas sondagens indicam que o candidato do PSL tem, neste momento, mais de 50% das intenções de voto do brasileiros.
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