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Líder do Partido Popular aberto a que Vox entre no governo espanhol

Casado pede regresso de apoiantes que trocaram populares pela extrema-direita.

27 de abril de 2019 às 09:40

O líder do Partido Popular, Pablo Casado, esperou até ao último dia da campanha eleitoral em Espanha para admitir aquilo que d durante semanas recusou abordar abertamente: a entrada do partido de extrema-direita Vox num eventual governo coligação com os ‘populares’ e o Cidadãos.

"No fim de contas, tanto o Vox como o Cidadãos, tenham 10 deputados ou 40, vão ter a influência que quiserem ter para entrar no governo ou para decidir a investidura. Por isso, de que vale a pena andarmos a pisar a mangueira uns dos outros se aquilo que temos que fazer é somar os nossos votos?", defendeu Casado em entrevista à Esradio.

É a primeira vez que Casado admite a entrada da extrema-direita no governo apesar de há muito a imprensa especular sobre um pacto pós-eleitoral a três entre PP, Cidadãos e Vox. A mensagem foi repetida horas depois num comício em Valencia, onde Casado exortou os militantes populares que se mudaram para o Vox desiludidos com o partido a regressarem porque o PP "mudou".

"Não queremos que digam que votariam em nós se mudássemos. Já mudámos. Já corrigimos os erros do passado e aprendemos com eles", assegurou o líder do PP, que está em segundo lugar nas sondagens atrás do PSOE do primeiro-ministro Pedro Sánchez.

Casado espera conseguir reunir os votos suficientes para chegar à maioria com a ajuda do Cidadãos, que está em terceiro lugar nas sondagens, e do Vox, apesar de boa parte do eleitorado olhar com repugnância a possível entrada da extrema-direita no governo.

Já os socialistas contam com o apoio do Podemos e de pequenos partidos regionais mas poderão ficar reféns dos votos dos independentistas catalães para chegarem à maioria, o que dificultará as negociações para formação do próximo governo e poderá, inclusive, levar à marcação de novas eleições.

PORMENORES

Governo baixa pão

O governo de Pedro Sánchez anunciou esta sexta-feira, último dia da campanha, a descida do IVA de 10% para 4% no preço do pão, numa medida condenada pela oposição como "eleitoralista".

Não haverá boca de urna

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Um terço de indecisos

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