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Eleições nos EUA: Interrupções e insultos no pior debate de sempre

Trump agressivo quase não deixou o adversário falar. Biden tentou manter a calma mas chamou-lhe “palhaço” duas vezes.

01 de outubro de 2020 às 08:15
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Eleições nos EUA: Interrupções e insultos no pior debate de sempre

Durante mais de hora e meia, os dois adversários trocaram insultos e ataques pessoais, interromperam-se constantemente e pouco ou nada fizeram para esclarecer os eleitores americanos sobre as suas propostas para enfrentar a pandemia, recuperar a economia ou unir um país dividido. Trump entrou agressivo e cedo mostrou ao que vinha: interromper constantemente o adversário, impedi-lo de apresentar as suas ideias e tentar tirá-lo do sério. Biden tentou manter a calma perante as constantes interrupções mas não conseguiu disfarçar a exasperação. “É difícil falar com este palhaço”, explodiu a dado momento. Na maior parte das vezes, no entanto, o candidato democrata manteve a compostura, rindo-se e abanando a cabeça perante os ataques e as inverdades de Trump e optou muitas vezes por não responder, olhando antes para a câmara e dirigindo-se diretamente aos eleitores. “Trump não quer falar sobre o que vocês precisam. Vocês, o povo americano, estas eleições são sobre vocês”, disse.

Trump atacou repetidamente o filho do candidato democrata, Hunter Biden, lembrando o uso de drogas no passado e alegados negócios escuros na Ucrânia, nunca provados. Biden respondeu chamando a Trump “o pior presidente que a América teve” por causa da forma como lidou com a pandemia.

Um dos momentos mais quentes foi a discussão sobre a tensão racial nos EUA. Instado a condenar as milícias supremacistas brancas, Trump não o faz claramente e culpou a esquerda pela violência. O moderador insistiu e Trump dirigiu-se particularmente a uma das milícias supremacistas, os ‘Proud Boys’, pedindo-lhes para “darem um passo atrás mas estarem prontos”, frase esta quarta-feira muito celebrada pelas milícias nas redes sociais. O presidente voltou ainda a lançar dúvidas sobre o voto postal e recusou comprometer-se a aceitar os resultados das eleições e a garantir uma transição pacífica de poder se perder. “Se eu vir que milhares de votos são manipulados não ficarei quieto. Eles fazem batota. Isto não vai acabar bem”, afirmou.

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