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Passaporte da vacina: A nova esperança para voltar a viajar pelo mundo após a pandemia

Governos e companhias empenhadas em criar um documento que permita provar que passageiros têm um teste negativo à covid ou estão vacinados.

04 de fevereiro de 2021 às 22:33

O passaporte para as vacinas da Covid-19 é cada vez mais uma realidade discutida nos governos e principalmente no setor do turismo e das viagens.Mas não são só os governos que estão empenhados em passaportes para vacinas. De acordo com o jornal "New York Times", as companhias Etihad Airways e a Emirates preparam-se para começar a usar passes digitais, desenvolvidos pela

A Dinamarca, por exemplo, espera conseguir emitir um documento digital até ao final deste mês de forma a permitir as viagens de negócios através de um documento que certifique que os cidadãos se encontram vacinados contra o novo coronavírus.

O presidente norte-americano, Joe Biden, pediu já às autoridades governamentais que "avaliem a viabilidade" para elaborar certificados de vacina e produzir respetivas edições digitais dos documentos.

Mas não são só os governos que estão empenhados em passaportes para vacinas. De acordo com o jornal "New York Times", as companhias Etihad Airways e a Emirates preparam-se para começar a usar passes digitais, desenvolvidos pela

 International Air Transport Association. O objetivo? Ajudar os passageiros a gerirem as suas viagens, ao mesmo tempo que fornecem as informações necessárias às companhias sobre se foram vacinados e testados contra a Covid-19.O que são os passaportes de vacinas?

Um passaporte de vacinação é um documento que prova que o cidadão foi vacinado contra a Covid-19. Atualmente, as empresas estão a trabalhar em versões que permitam aceder à informação sobre o histórico de saúde no próprio telemóvel.

"Trata-se de tentar digitalizar um processo que acontece agora e transformá-lo em algo que permita maior facilidade, tornando mais fácil para as pessoas viajarem entre países sem ter que retirar documentos diferentes para países diferentes e documentos diferentes em pontos diferentes", afirmou Nick Careen, vice-presidente sénior da IATA (International Air Transport Association) em entrevista ao jornal norte-americano. 

A empresa encontra-se atualmente a trabalhar numa solução para agilizar o processo. O maior desafio atualmente pode ser mesmo criar um documento geral que abranja a população mundial.

Também a IBM, uma empresa norte-americana da área de informática, está a desenvolver um "Digital Health Pass" que permitirá aos cidadãos apresentarem prova de vacinação ou teste negativo, seja para viajar, num concerto ou à entrada de um estádio de futebol.O Fórum Económico Mundial e a "Commons Project Foundation" têm testado o CommonPass, um passaporte digital com as mesmas funções que os anteriores, que funciona através de código 'QR code'.Não são ainda conhecidas quais regras ou imposições sobre este novo documento, mas são vários os países que mantêm restrições nos voos, exigindo igualmente um teste negativo para realizar o embarque/desembarque.No entanto, o secretário-geral da Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas, Zurab Pololikashvili, relembrou que este pode ser um importante passo para retomar a indústria do turismo na maioria dos países.

"Um elemento-chave vital para o reinício do turismo é a consistência e a harmonização das regras e protocolos relativos a viagens internacionais", referiu em entrevista à mesma publicação, referindo que as provas de vacinação, por exemplo, podem impedir as quarentenas à chegada.A prova de vacinação para entrar em determinados países não é, contudo, uma novidade. Durante alguns anos, os viajantes recebiam um "artão amarelo" depois de serem vacinados contra doenças como a febre amarela, a rubéola e a cólera. O documento, conhecido como Certificado Internacional de Vacinação, era 

assinado e carimbado e servia como prova.

Atualmente, a novidade passa mesmo pelo digital. Uma das maiores preocupações prende-se com a privacidade e a partilha de dados, um problema que terá de ser revisto na hora de produzir os aplicativos que poderão ajudar os passageiros a circularem novamente pelo mundo.

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