Ruas destruídas e hospitais sem energia complicam ajuda médica. Várias casas colapsaram.
Japão emite alerta de tsunami após sismo de magnitude 7.4
As autoridades japonesas emitiram, esta segunda-feira, um alerta de tsunami após um sismo de magnitude 7.6 ocorrido em Ishikawa, no centro da ilha de Honshu, a principal do país. Quatro pessoas morreram, uma delas foi um idoso morreu a queda de um edifício.
A televisão estatal NHK TV alertou para ondas que podem atingir os cinco metros em praticamente todo o litoral ocidental e apelou a população para subir para zonas elevadas ou para o topo dos edifícios o mais depressa possível.
O nível do alerta, emitido inicialmente pelas 16h00 locais (7h00 portuguesas), foi entretanto reduzido de "alerta significativo de tsunami" para "alerta de tsunami". Mais tarde, cerca das 16h00 portuguesas, o alerta foi reduzido a aviso.
A Agência Meteorológica do Japão (AMJ) emitiu alertas de tsunami para três regiões: Ishikawa, Niigata e Toyama.
Imagens mostram momento em que forte sismo é sentido no Japão
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, pediu aos japoneses que se encontram nas zonas afetadas pelo sismo para se dirigirem para zonas seguras.
"Quero sublinhar que os cidadãos devem ter muito cuidado e instamos as pessoas residentes nestes locais [abrangidos por avisos de tsunami] para tentarem sair", afirmou Fumio Kishida em declarações à imprensa.
A ameaça de tsunami ligada aos fortes terramotos foi "em grande parte descartada", declarou o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, com sede no Havai.
O presidente dos EUA, Joe Biden, manifestou disponibilidade para prestar "toda a ajuda necessária"
Seis pessoas sob escombros
Seis pessoas estão presas sob os escombros de casas que ruíram, anunciou o Governo japonês.
Segundo agência de notícias japonesa Kyodo, um tsunami de 1,2 metros também atingiu o porto de Wajima, em Ishikawa, onde deflagrou um incêndio de grandes proporções.
Hospitais com dificuldade em tratar pessoas
Os hospitais locais têm recebido muitas pessoas com ferimentos nas últimas horas. A missão de ajudar os pacientes é dificultada pela falta de energia, que obriga os hospitais a funcionar com geradores.
Alguns médicos não se conseguem dirigir ao hospital porque há muitas ruas cortadas. Um hospital em Wajima tem estado a tratar as pessoas no parque de estacionamento
Casas sem eletricidade e transportes condicionados
O abalo destruiu algumas casas e obrigou centenas de residentes a abandonar as casas e deixou as habitações sem eletricidade. Os transportes também apresentam condicionamentos.
Mais de 36000 casas em Ishikawa e Toyama estão sem eletricidade, informa a Reuters. Vários voos com destino às regiões afetadas pelo sismo foram cancelados.
Caos em estação de comboios durante sismo no Japão
As autoridades ainda estão a calcular os danos e avisam os habitantes a esperar novos tremores. Foram mobilizadas unidades do exército para ajudar nas missões de resgate.
A AMJ admite a possibilidade de ocorrerem sismos de igual ou maior intensidade nos próximos dias.
As imagens divugadas pelas televisões locais mostram edifício a colapsar e pessoas a fugir assustadas.
A autoridade japonesa que regula a atividade nuclear confirma que não foram verificadas irregularidades nos reatores nucleares.
O sismo ocorreu num feriado nacional, usado tradicionalmente pelos japoneses para visitar templos, como forma de marcar a entrada no ano novo.
Sismos que afetaram o Japão
Esta é a primeira vez, desde 2018, que um abalo no Japão alcança esta intensidade.
Em 2011, outro sismo matou cerca de 20 mil pessoas e devastou várias localidades. Em 1995, mais de seis mil pessoas morreram num sismo, sentido maioritariamente na cidade de Kobe.
Cidades russas também em alerta
Cidades do Extremo Oriente da Rússia, incluindo Vladivostok, emitiram alertas para um possível risco de tsunami, apesar de não terem sido evacuadas nesta fase.
"As zonas costeiras da costa ocidental de Sakhalin podem ser afetadas por ondas de tsunami", afirmou o Ministério russo das Situações de Emergência no Telegram, acrescentando que, atualmente, não se prevê que o tamanho da onda ultrapasse os 50 centímetros.
"Esta altura de onda não representa uma ameaça para a vida da população", esclareceu, apelando aos 445.000 habitantes desta ilha a noroeste do Japão para "manterem a calma".
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