Manifestantes estão a dificultar o trânsito na capital belga.
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Muitas centenas de agricultores estão esta quinta-feira reunidos, segundo números da polícia, em frente ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, para reclamar a valorização do setor e condições justas, no seguimento de protestos a decorrer em toda a Europa.
"São muitas centenas, diria que pelo menos 600", disse fonte policial em declarações à agência Lusa, a propósito do protesto que esta quinta-feira decorre na capital belga.
Os manifestantes derrubaram e queimaram uma estátua do monumento que adorna o centro da Praça de Luxemburgo e acenderam várias fogueiras diante do cordão policial que os separa do pátio que dá acesso ao edifíciodo Parlamento Europeu.
A polícia belga utilizou mangueiras do cordão de segurança montado pela polícia de choque para tentar apagar os fogos que estavam mais próximos, mas a fogueira no centro da praça com a estátua derrubada, pedaços de cartão e ferro ainda estavam a arder até depois das 12h00 (11h00 em Lisboa), segundo a agência noticiosa espanhola EFE, causando uma nuvem constante de fumo negro que dominou o protesto.
O protesto começou pelas 04h30 (03h00 em Lisboa) na praça do Luxemburgo, em frente do Parlamento Europeu, de acordo com a mesma fonte, com vários buzinões a partir das 06h00 ouvidos no bairro europeu de Bruxelas.
Filas de tratores começaram a circular, num buzinão, pelas ruas do bairro europeu de Bruxelas ao início da manhã, no dia em que decorre uma cimeira europeia extraordinária, já junto à rotunda de Schuman.
Outros grupos de tratores encontram-se desde a madrugada na circular interna da capital belga, dificultando o trânsito, e as autoridades pediram aos cidadãos que utilizem os transportes públicos para se deslocarem na capital.
A polícia rodoviária federal também informou que vários grupos de tratores se encontravam em várias estradas nacionais e circundantes em direção à capital.
A luta dos agricultores belgas, que iniciaram as ações de protesto no domingo, vai intensificar-se durante o dia em Bruxelas para mostrar o descontentamento do setor aos dirigentes europeus.
Representantes de associações agrícolas de diferentes países, incluindo de Portugal, Espanha e Itália, vão participar numa manifestação no bairro europeu, pela hora do almoço, para explicar as razões do protesto.
As razões do descontentamento dos agricultores, que nos últimos meses provocaram protestos em mais de 15 Estados-membros, incluindo Alemanha e França, não deverão ser formalmente abordadas nesta cimeira.
No entanto, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse já pretender debater a questão durante a estada em Bruxelas.
Macron disse que vai propor à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, uma série de alterações na política agrícola, nomeadamente nas regras de retirada de terras da produção e na entrada de produtos ucranianos, para responder à crise que Paris enfrenta com os protestos do setor.
Na quarta-feira, a Comissão Europeia propôs a prorrogação por mais um ano dos benefícios comerciais concedidos à Ucrânia para apoiar a economia do país, face à invasão da Rússia, mas introduziu salvaguardas para o caso de os mercados agrícolas de um ou mais países serem afetados.
Além disso, o executivo comunitário propôs, na quarta-feira, a revogação da regra que obriga os agricultores a manterem parte das terras aráveis em pousio durante todo este ano, uma medida exigida por manifestantes em vários Estados-membros da UE.
No centro da contestação está, desde logo, a situação no Mar Negro, no seguimento do conflito do Médio Oriente, que obrigou a que as mercadorias sigam outras rotas (como a do Cabo da Boa Esperança), o que causa atrasos e custos mais elevados.
Em causa está ainda a contestação francesa ao acordo comercial com os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), por se temerem impactos no setor agrícola europeu.
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