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Secretário dos EUA diz que voos internacionais não são afetados pela redução no tráfego

De acordo com a plataforma FlightAware, mais de 800 voos foram cancelados e registaram-se pelo menos 1.200 atrasos em ligações aéreas.

07 de novembro de 2025 às 18:32

O secretário dos Transportes dos Estados Unidos (EUA), Sean Duffy, confirmou esta sexta-feira que os voos internacionais não serão afetados pela redução no tráfego aéreo provocada pela paralisação do Governo federal.

"Os voos internacionais não serão afetados. Temos tratados internacionais que devemos respeitar. Por causa destes acordos, não vou afetar os voos internacionais", disse aos jornalistas no aeroporto nacional Ronald Reagan, em Washington.

O secretário dos Transportes acrescentou que há países "à espera que os Estados Unidos quebrem os acordos para que possam reduzir os voos americanos", mas insistiu que isso não irá acontecer.

As principais companhias do país, como a American Airlines, a United e a Delta, anunciaram na quinta-feira que iriam dar prioridade à manutenção das rotas internacionais.

De acordo com a plataforma FlightAware, mais de 800 voos foram cancelados e registaran-se pelo menos 1.200 atrasos em ligações aéreas.

O Departamento do Tesouro estima que cerca de 4.000 voos por dia poderão ser cancelados devido às novas restrições.

Uma ordem inédita da Administração Federal de Aviação (FAA) para reduzir os voos nos EUA, devido àquela que é já a mais longa paralisação do governo federal, entrou em vigor nesta manhã de sexta-feira.

Entre os 40 aeroportos afetados pela redução do tráfego aéreo estão o JFK e o LaGuardia, em Nova Iorque, o LAX, em Los Angeles (Califórnia), e O'Hare, em Chicago (Illinois).

Os aeroportos de Dallas e Houston (Texas), Washington, D.C., Miami, Fort Lauderdale, Tampa e Orlando (Florida), Filadélfia (Pensilvânia), Atlanta (Geórgia), Boston (Massachusetts) e Newark (New Jersey), entre outros, também sofreram perturbações.

Os cortes nas ligações foram determinados para aliviar a pressão sobre os controladores de tráfego aéreo, que continuam a trabalhar desde 01 de outubro sem receber salário.

Apesar do cancelamento de centenas de voos, o Presidente Donald Trump não está impedido de viajar. Deverá chegar ainda esta sexta-feira a Palm Beach, na Florida, para passar o fim de semana em Mar-a-Lago, o seu 'resort' privado.

A paralisação do Governo começou em 01 de outubro devido à ausência de acordo entre republicanos e democratas para aprovar o novo orçamento federal que permitisse a continuidade das operações governamentais.

Com 38 dias de duração, esta é a paralisação mais longa do país, superando a de 2018, durante o primeiro mandato de Trump, que terminou ao fim de 35 dias devido precisamente ao caos no tráfego aéreo provocado pela escassez de controladores.

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