Comércios foram vandalizados e roubados e vários veículos foram incendiados.
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Mais de 250 adeptos do Peñarol, um dos principais clubes de futebol do Uruguai, foram presos esta quarta-feira depois de protagonizarem cenas de barbárie numa praia na zona oeste da cidade brasileira do Rio de Janeiro, onde esta quarta-feira à noite a equipa uruguaia enfrentará o Botafogo a contar para as semi-finais da Taça Libertadores da América.
Durante a vaga de violência protagonizada pelos adeptos, que chegaram ao Rio em diversos autocarros, agentes da Polícia Militar foram atacados, comércios foram vandalizados e roubados e vários veículos foram incendiados.
A gigantesca confusão começou perto do meio-dia local, quatro da tarde em Lisboa, quando um dos adeptos furtou um telemóvel num estabelecimento da Praia do Pontal e foi apanhado por câmaras de videovigilância.
A Polícia Militar foi chamada e deteve o uruguaio, o que funcionou como rastilho para as cenas de selvajaria que se seguiram e duraram quase uma hora e meia.
Uma multidão com centenas de uruguaios cercou os poucos polícias que tinham sido enviados para o local para evitar desordem, e começou a atacá-los com pedras e pedaços de madeira.
Os agentes, claramente em número insuficiente, tentaram proteger-se como puderam e reagiram atirando granadas de gás lacrimogénio, mas sem sucesso.
Os uruguaios, cada vez mais numerosos, entraram nos tradicionais bares da beira da praia, roubaram produtos, partiram tudo o que viram pela frente, incluindo os móveis, e usaram os tampos de mesa como escudos e as cadeiras e os ferros dos toldos como armas e avançaram ainda com mais fúria contra os agentes. Pessoas que estavam na praia e nos comércios em redor tentaram ajudar os polícias e foram igualmente alvo da fúria dos uruguaios.
Reforços policiais chamados pelos agentes encurralados demoraram para chegar e chegaram aos poucos, e foram recebidos com violência na Avenida Lúcio Costa, paralela à praia, pelo grupo uruguaio, registando-se novos confrontos, agora no meio da rua. Carros estacionados ao longo da avenida foram vandalizados, amassados e tiveram os vidros partidos, e autocarros e várias motas que passavam pelo local foram igualmente depredados e incendiados pelos uruguaios.
Só mais de uma hora e meia depois do início dos confrontos, perto das 13 e 30 locais, 17 e 30 em Lisboa, é que a situação foi relativamente controlada, com a chegada de um grande efetivo da Polícia de Choque. Centenas de uruguaios foram obrigados a sentar-se no chão, ao longo da avenida, mas nem por isso se acalmaram, continuando a gritar e a ofender a polícia e os brasileiros.
Nessa altura, a polícia teve outro problema, conseguir conter a multidão de cariocas que se tinha formado e queria ir para cima dos uruguaios para se vingar. Um dos autocarros dos adeptos do Peñarol que estava um pouco mais distante acabou por ser roubado e depois incendiado por populares brasileiros.
Perto das 15 horas, 19 na capital portuguesa, os uruguaios começaram a ser levados em carros e autocarros da polícia para a sede da corporação, onde foi montada uma força conjunta para identificar e cadastrar um por um e tentar individualizar os crimes que cada um cometeu. O uruguaio que furtou o telemóvel e deu início à barbárie foi levado para outro local pela polícia e vai ser incriminado por furto.
De acordo com a polícia, todos os uruguaios presos vão ser expulsos sumariamente do Rio de Janeiro, e provavelmente serão escoltados para o aeroporto ou para fora das fronteiras do estado quando forem libertados. Não foram divulgados dados sobre feridos, de um lado nem do outro, mas durante a confusão viam-se muitas pessoas ensanguentadas na praia e na avenida.
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