Decisão marca o início de uma nova era nas relações diplomáticas entre os dois estados.
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No dia que levantou voo para a sua 25ª viagem episcopal, de três dias aos países bálticos, o Papa anunciou a decisão de "readmitir à plena comunhão eclesial" oito bispos chineses (um já falecido) que foram ordenados sem mandato pontifício. Uma decisão histórica, no dia em que o subsecretário do Vaticano para as Relações com os Estados, D. Antoine Camilleri, e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Chao, assinaram um pacto inédito.
Trata-se de um acordo provisório, relacionado com a nomeação de bispos para as comunidades católicas na China, uma prerrogativa exclusiva do Papa, segundo o Direito Canónico, mas que o regime chinês considerava ser sua responsabilidade direta, tendo para isso criado, na década de 50 do século passado, uma Igreja nacional, a 'Associação Patriótica Chinesa' (APC).
O Papa faz votos de que, com as decisões tomadas, se possa "iniciar um novo caminho, que permita superar as feridas do passado, realizando a plena comunhão de todos os católicos chineses", informou o Vaticano.
Assim, as comunidades católicas na China, divididas entre a APC e a Igreja "clandestina", ligada à Santa Sé, vão passar a ter bispos em comunhão com Roma e reconhecidos pelas autoridades chinesas.
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, falou de "um acordo inédito que, pela primeira vez em muitas décadas, permite que todos os bispos da China estejam em comunhão com o bispo de Roma". Quanto à visita que assinala os cem anos da primeira independência da Estónia, Letónia e Lituânia, começou ontem em Vilnius, onde o Papa apelou ao "derrube dos muros contemporâneos" e desafiou hoje os jovens a serem capazes de avançar "contracorrente", perante uma cultura individualista que propõe uma "vida diante do espelho".
SAIBA MAIS
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Viagem de Francisco à Letónia, Estónia e Lituânia é a 25ª do seu pontificado e, para além dos cem anos da primeira independência daqueles países, assinala também os 25 anos da visita pastoral realizada ao Báltico pelo Papa João Paulo II.
Relações com China
O acordo coloca um ponto final no corte de relações entre os dois estados que durava há quase 70 anos. Desde 1951 que a Igreja Católica estava impedida de colocar bispos na China. Falta saber se Francisco visitará o país da grande muralha.
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