A edição de hoje
Caso que aterrorizou França começou em setembro.
Os mais de 50 homens que terão violado Gisèle Pelicot, enquanto a mulher estava drogada pelo marido, vão conhecer a sentença esta semana. Em conjunto, os homens podem ser condenados a mais de 600 anos de prisão.
O caso que aterrorizou França começou em setembro. O único réu que poderá receber a pena máxima de 20 anos é o próprio Dominique Pelicot, de 72 anos. O homem durante mais de uma década convidou estranhos para a sua casa para estes fazerem sexo com a mulher, depois de a drogar.
O facto de Gisèle Pelicot não esconder a identidade fez com que o caso se tornasse uma causa célere para os ativistas contra a violência sexual.
De acordo com o Daily Mail, a lei penal francesa define estupro como qualquer ato sexual comentido por "violência, coerção, ameaça ou surpres", mas não faz referência à necessidade de consentimento - um aspeto que os ativistas consideram como errado.
No entanto, as dezenas de vídeos, gravados pelo marido ao longo de dez anos e exibidos no tribunal deixaram muito pouco espaço para dúvidas.
"Fui sacrificada no altar do vício. O meu corpo podia estar quente, mas eu parecia uma pessoa morta", revelou durante um depoimento de 90 minutos ao tribunal.
Gisèle Pelicot esteve infectada com quatro doenças sexualmente transmissíveis, mas não fazia ideia como. O abuso só parou quando o homem foi preso em outubro de 2020 por tirar fotografias de roupas íntimas femininas num supermercado.
Foi depois durante uma busca que foram decobertas imagens da esposa a ser violada.
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