page view

AIEA negoceia com Rússia e Ucrânia para restabelecer de eletricidade na central de Zaporizhia

Central está há dez dias a funcionar apenas com geradores de emergência.

03 de outubro de 2025 às 22:58

O diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) disse esta sexta-feira que está a negociar com a Rússia e a Ucrânia o restabelecimento da eletricidade na central nuclear de Zaporíjia, ocupada pela Rússia.

A central está há dez dias a funcionar apenas com geradores de emergência.

"Ambas as partes dizem estar dispostas a realizar os reparos necessários nos seus respetivos lados. Mas, para que isso aconteça, a situação de segurança deve melhorar, para que os técnicos possam trabalhar sem pôr em risco as suas vidas", afirmou Rafael Grossi, num comunicado daquela agência nuclear da ONU.

O responsável da OIEA adiantou que está em contacto permanente com responsáveis de ambos os países para encontrar uma solução urgente.

Desde 23 de setembro, a central opera sem ligação à rede externa, após ter-se desligado a última linha, de 750 quilovolts, devido a danos na zona controlada pela Rússia.

Esta é a interrupção mais prolongada das dez que Zaporíjia sofreu desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

A central, sob controlo da Rússia desde março de 2022, obtém eletricidade de oito geradores a gasóleo de emergência, que produzem energia suficiente para manter as funções críticas de segurança, como a refrigeração dos reatores e das piscinas de combustível usado.

Os reatores e o combustível nuclear devem ser arrefecidos para evitar sobreaquecimento e possíveis fusões perigosas. Mas, outros doze geradores estão em reserva e há combustível suficiente para pelo menos dez dias, com novos fornecimentos a chegar diariamente, indicou o OIEA.

Grossi alertou que, embora os reatores estejam desligados desde 2022, uma perda total de energia poderia desencadear uma fusão do combustível e a libertação de radiação.

"Para a segurança nuclear, esta continua a ser uma situação muito grave. Apelo a ambas as partes para que tomem as medidas necessárias", sublinhou Grossi.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8