Aviso pedia aos moradores para se protegerem e avançava alguns procedimentos de segurança emergência.
Milhões de habitantes dos dois estados mais populosos do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, foram acordados na madrugada desta sexta-feira por um alerta de terramoto disparado para todos os telemóveis com sistema android dessas regiões, que provocou muita apreensão e, em alguns casos repercutidos nas redes sociais, até pânico. Depois do enorme susto, cerca de uma hora depois de muita preocupação e com as pessoas sem saberem o que fazer, um outro alerta, este da Protecção Civil, informou que o aviso anterior não tinha sido emitido pela entidade e que não tinha registo de qualquer abalo sísmico.
O primeiro e assustador alerta, até porque foi disparado às 2h20 da madrugada local, 5h20 em Lisboa, quando a maioria das pessoas estava a dormir e acordou sobressaltada, dizia que tinha ocorrido um tremor de terra ao largo da costa do litoral de São Paulo, perto da fronteira com o estado do Rio de Janeiro. O alerta pedia aos moradores para se protegerem e avançava alguns procedimentos de segurança emergência. De acordo com a mensagem, o tremor tinha atingido 4,6 graus na altura da cidade de Ubatuba, importante destino turístico do litoral norte do estado de São Paulo, e chegado a 5,5 graus nas cidades do litoral sul.
O epicentro do abalo, conforme o alerta, tinha ocorrido a 55 km da costa paulista e teria sido sentido também nas capitais dos dois estados, a cidade de São Paulo, que tem mais de 12 milhões de habitantes, e do Rio de Janeiro, que tem 6,5 milhões de moradores. Nas redes sociais, porém, as pessoas relatavam muito medo com o alerta e indecisão sobre o que fazer a meio da madrugada, se voltavam a dormir ou corriam para a rua, mas nenhum dos internautas descreveu ter sentido a casa tremer.
Ainda de madrugada, o Centro de Sismologia da USP, Universidade de São Paulo, reforçou que os seus equipamentos não tinham registado qualquer sismo, fosse qual fosse a magnitude. Até à manhã desta sexta-feira, ninguém sabia quem emitiu o alerta, e suspeita-se que ele tenha decorrido de alguma falha numa plataforma de internet e ativado o sistema de sensores que disparam alertas para tragédias e que os telemóveis mais recentes dispõem.
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