Em Angola, a atividade sísmica "tem ocorrido com alguma frequência", mas com uma "intensidade relativamente fraca".
O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (Inamet) de Angola assumiu esta quarta-feira falta de estações para monitorar a ocorrência de sismos no país, admitindo que as cinco existentes são "insuficientes" para registar a ocorrência do fenómeno.
Em Angola, a atividade sísmica "tem ocorrido com alguma frequência", mas com uma "intensidade relativamente fraca".
Segundo o geólogo Francisco Canhanga, do departamento de geofísica do Inamet, as províncias angolanas do Cuanza Sul, Benguela, Huambo, Namibe, Huíla e Moxico possuem localidades propensas à ocorrência de sismos.
O último registo sísmico em Angola ocorreu no município do Nambuangongo, província do Bengo, em 10 de setembro, com uma magnitude de 3,3.
De acordo com o responsável, as regiões da Quibala e Gabela, província do Cuanza Sul, e da Ganda, província de Benguela, também registaram a ocorrência de sismos este ano.
Francisco Canhanga, que falava na abertura de uma 'webinar' que abordou a "A Importância do Monitoramento Sísmico na Redução de Riscos", promovida pelo Inamet, fez saber que Angola conta com cinco estações para o controlo de ocorrência sísmica.
As cinco estações, das quais quatro em atualização e substituição de equipamento, são no entanto "insuficientes" para cobertura do país, e estão instaladas nas províncias do Bengo, Lunda Norte, Bié, Moxico e Huíla.
Para dar resposta e alargar a rede sísmica local, o Inamet, órgão do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, perspetiva a instalação de mais três estações nas províncias de Cabinda, Cuando-Cubango e Namibe.
"Porque as existentes são insuficientes para melhor monitoramento da atividade sísmica em Angola e para melhor resposta dar à sociedade em termos de riscos", reconheceu o geólogo Francisco Cahanga.
O técnico do Inamet avançou ainda que a causa dos sismos em Angola está mais ligada a questões tectónicas (movimentos de grande escala que ocorrem na litosfera terrestre).
A 'webinar', que decorreu através da plataforma Zoom, contou com vários intervenientes ligados às áreas da geofísica, geologia, meteorologia e proteção civil e bombeiros, entre quais um representante de Cabo Verde e um do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA).
Os participantes convergiram para a necessidade de se aumentar com urgência o número de estações para o controlo sísmico, com o representante do IPMA a propor pelo menos a instalação de 25 estações em Angola.
Na ocasião, o engenheiro angolano, Filipe Zua, mestre em geofísica e docente da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto, maior de Angola, alertou que a intensidade sísmica em Angola "parece estar mais alta".
"Antes a intensidade dos sismos era um pouco mais baixa, mas agora a intensidade parece que está um pouco mais alta o que é preocupante para nós porque as magnitudes estão a aumentar e precisamos de atualizar a nossa bibliografia", exortou.
Já o diretor geral do Inamet, Domingos Nascimento, assinalou a relevância da conferência virtual, considerando que o encontro visou "juntar sinergias" com "parceiros nacionais e internacionais".
"Porque sozinho não possível o Inamet dar cobertura do monitoramento sísmico do país", concluiu.
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