Além desta refinaria o país vai ainda contar com as refinarias do Soyo, na província do Zaire, e do Lobito, na província de Benguela.
O Presidente angolano, João Lourenço, disse esta segunda-feira, na inauguração da refinaria de Cabinda, que com a conclusão das refinarias do Soyo, "que enfrenta constrangimentos", e do Lobito o país deve alcançar a sua autossuficiência em produtos refinados.
João Lourenço falava hoje aos jornalistas após a cerimónia de inauguração da refinaria de Cabinda, um investimento de mais de 473 milhões de dólares (404,8 milhões de euros).
O chefe de Estado angolano recordou que, além desta refinaria, com capacidade instalada para processar 60.000 barris de petróleo, mas que na fase inicial vai apenas processar 30.000 barris, o país vai ainda contar com as refinarias do Soyo, na província do Zaire, e do Lobito, na província de Benguela.
Sem avançar prazos de conclusão dessas infraestruturas, admitiu que a refinaria do Soyo está com alguns constrangimentos, mas, garantiu, as autoridades não desistiram da edificação do projeto.
"Não se desistiu da construção dessa refinaria [do Soyo], o que se está a fazer é levar o investidor a ultrapassar os constrangimentos existentes. Depois temos a grande refinaria do Lobito, que é um projeto antigo, começou há muito tempo e também (esteve) paralisado uns bons anos", respondeu aos jornalistas.
O executivo angolano decidiu retomar as obras da refinaria do Soyo, porque, salientou o Presidente, "a grande esperança é que esta [quando concluída], juntamente com a refinaria do Lobito, vão trazer a tão almejada autossuficiência na produção de produtos refinados para o país".
A refinaria de Cabinda, uma parceria entre a Gemcorp Angola (90%) e a estatal angolana Sonangol (10%), localizada na comuna de Malembo, município de Tando-Zinze, a 30 quilómetros da sede da província de Cabinda, vai produzir gasóleo, combustível de avião, fuel e nafta "assegurando o abastecimento interno, reduzindo a dependência de importações e criando excedentes para exportação", segundo as autoridades.
Com um investimento global que ascende os 473 milhões de dólares, dos quais 335 resultaram de financiamento internacional, o empreendimento industrial, considerado "um dos pilares estratégicos da indústria petrolífera angolana e um símbolo de confiança no futuro", já criou 3.300 postos de trabalho diretos.
Na conferência de imprensa, interrompida duas vezes devido ao corte de energia, enquanto intervinha do Presidente angolano, João Lourenço admitiu ainda que o país poderá até exportar refinados, sobretudo para a República Democrática do Congo (RDCongo).
"Que seja uma exportação para a RDCongo no verdadeiro sentido da palavra e que não seja tráfico de combustível, o que não é exportação, nós incentivamos e encorajamos a exportação se tivermos produção suficiente, mas que ela seja feita em benefício de ambos os países", indicou.
João Lourenço avançou ainda que o Governo angolano aprovou, em 2021, incentivos fiscais à Gemcorp para impulsionar a indústria nascente no segmento da refinação de petróleo, a exemplo da refinaria de Cabinda, admitindo possíveis incentivos ao investidor da refinaria do Lobito.
Depois de um corte da fita, sinalizando a inauguração do projeto, cuja segunda fase está já em construção, o Presidente angolano visitou a infraestrutura e foi informado sobre o seu funcionamento.
O Presidente angolano cumpre uma agenda de trabalho de dois dias em Cabinda, que se iniciou hoje com a inauguração da refinaria, a primeira de raiz construída no país após a independência, e depois com a visita ao Porto de Águas Profundas do Caio.
O chefe de Estado angolano inaugura na terça-feira a nova sede do Governo da Província de Cabinda e depois participa de uma reunião do governo local, conforme agenda à que a Lusa teve acesso.
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