Filha do ex-Presidente angolano diz que nunca se negou a prestar esclarecimentos às autoridades angolanas.
A filha do ex-Presidente angolano Isabel dos Santos afirma ter estado sempre "disponível" para repor a verdade e nunca se ter negado a prestar esclarecimentos às autoridades angolanas.
As declarações de Isabel dos Santos foram partilhadas nas suas redes sociais, na sequência de uma notícia da agência Lusa em que o Procurador-Geral da Republica (PGR) de Angola disse que a justiça angolana deu "todas as oportunidades" à empresária angolana para que esta relatasse a sua versão dos factos relativamente aos processos judiciais de que é alvo, sem sucesso.
Na quarta-feira, Helder Pitta Gróz disse que a indisponibilidade de Isabel dos Santos para prestar declarações atrasou os processos judiciais, lamentando que a filha de José Eduardo dos Santos se tenha escusado a ser ouvida na condição de arguida.
"Sempre estive disponível e representada pelos meus advogados. Ao contrário da notícia, acredito que é do interesse de todos angolanos e sobretudo do meu de esclarecer as inverdades que existem a meu respeito", escreveu Isabel dos Santos num 'post' partilhado no Instagram.
A empresária angolana garante que nunca se negou a prestar esclarecimentos e continua "disponível para repor a verdade".
"Acredito em Angola, sempre investi no meu país, criei empresas, empregos e formei pessoas. Eu amo Angola", escreveu também Isabel dos Santos.
Helder Pitta Gróz, por seu lado, salientou que a empresária se ausentou de Angola há vários anos e que as autoridades angolanas têm emitido várias cartas rogatórias, pedindo a colaboração das entidades judiciais noutros países nos processos relacionados com a empresária que "não foram tendo sucesso".
Uma das últimas foi solicitada aos Países Baixos, este ano, mas Isabel dos Santos, "escusou-se a colaborar" com as autoridades neerlandesas, a pedido da justiça angolana, disse o Procurador-Geral.
Para Pitta Gróz, esta teria sido uma oportunidade "soberana" para a filha do antigo Presidente angolano se poder defender e contar a sua versão dos factos.
"Ela preferiu não o fazer e, portanto, vamos continuar com aquilo que a nossa lei processual penal prevê", sublinhou.
Isabel dos Santos, que chegou a ser a mulher mais rica de África, é alvo de processos judiciais em vários países, na sequência do escândalo Luanda Leaks.
Em Angola, além do processos-crimes e cíveis foram apreendidos ativos, contas e participações sociais em várias empresas, tendo sido recentemente nacionalizada a quota que detinha na operadora de telecomunicações Unitel.
O mesmo acontece em Portugal, onde Isabel dos Santos tem participações e contas congeladas e tem abertos na justiça, segundo o Observador, 17 processos.
O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou em janeiro de 2020 mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de Luanda Leaks, que detalham alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que, entretanto, morreu, que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.
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