Para Cláudio Dalla Zuanna, a situação vivida no país é "muito perigosa".
O arcebispo da Beira, Cláudio Dalla Zuanna, disse este sábado em Sofala, centro de Moçambique, que a onda de raptos que tem afetado os principais centros urbanos é um sinal da força da criminalidade, alertando para impunidade no país.
"Dizer que estes são sinais de uma sociedade onde o mal, o crime organizado tem grande força, num contexto de muita impunidade", disse Cláudio Dalla Zuanna.
O arcebispo da Beira falava à comunicação social à margem da cerimónia de graduação de estudantes da Universidade Católica de Moçambique (UCM), na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique.
Para Cláudio Dalla Zuanna, a situação é "muito perigosa", na medida em os autores deste crime conseguem infiltra-se nas próprias instituições da justiça, comprometendo a sua atuação.
O arcebispo da Beira manifestou-se triste pelo recente caso de rapto de uma estudante da UCM que tinha saído pouco antes da instituição.
"E com grande tristeza que tomamos conhecimento do rapto da nossa estudante. Queria manifestar a minha solidariedade para com a família, que deve estar em grande sofrimento neste momento", declarou.
A vítima, de 19 anos, é filha de um empresário local e foi raptada no dia 19 do maio, momentos após deixar as instalações da UCM por três indivíduos desconhecidos que faziam-se transportar numa viatura ligeira.
O caso está a ser investigado pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).
Algumas cidades moçambicanas, principalmente a capitais provinciais, voltaram a ser assoladas desde 2020 por uma onda de raptos, visando principalmente homens de negócios ou seus familiares.
Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início do mês, a procuradora-geral da República de Moçambique referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul
De acordo com Beatriz Buchili, foram registados 14 processos-crime por rapto em 2021, contra 18 em 2020, mas há outros casos que escapam à contabilidade oficial, sendo que na maioria o desfecho é desconhecido.
Em novembro de 2021, a Polícia da República de Moçambique lançou a formação de uma força mista para responder a este tipo de crime, um grupo de oficiais que vão ser capacitados por especialistas ruandeses.
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