A edição de hoje
Camada de 60 cm de terra compacta impediu máquinas de sucção de puxar o menino, em Málaga.
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A Guardia Civil retirou uma amostra do tampão de terra que estava por cima do corpo de Julen, resgatado na madrugada deste sábado do poço em que caiu, em Málaga. O objetivo é investigar como é que se formou, por cima do menino de dois anos, uma camada de 60 cm de terra compacta, que inviabilizou todas as tentativas de o retirar através do poço em que tinha caído.
O El Mundo avança que a primeira explicação dos investigadores para o misterioso 'tapón' foram os esforços desenvolvidos por familiares e amigos de Julen para o tirar do poço, mal este caiu. Sabe-se que tentaram escavar a entrada do poço com uma picareta e esse gesto terá projetado a terra para cima do menino.
Esta será a hipótese mais plausível, mas outros cenários estão também a ser equacionados, avançam os media espanhóis.
Dada a humidade do poço, de apenas 25 cm de diâmetro, a terra formou uma massa de tal forma compacta que as máquinas de sucção levadas para o local não a conseguiram retirar. O El Mundo revela que chegou a ser ponderado levar para o local a máquina de sucção mais potente do mercado, mas o plano foi abortado pelo tempo que demoraria a trazê-la, uma vez que teria de vir do estrangeiro.
Teve então de se passar ao plano alternativo de escavar um novo poço paralelo, para chegar por baixo do menino, que ficou entalado a 71 metros de profundidade.
As equipas de resgate encontraram no poço de Julen uma pequena câmara de filmar e uma lanterna, que os familiares deixaram cair no buraco quando tentaram tirar Julen pelos seus próprios meios.
O menino ficou preso na cota 71 porque tinha sido deitado entulho no poço, dias antes, por trabalhadores de uma obra ali próxima. O furo aberto para procurar água descia abaixo dos 100 metros.
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