Manifestação convocada por Bolsonaro com objetivo de aprovar uma amnistia para condenados por ataques extremistas.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro garantiu este domingo aos milhares de seguidores reunidos na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que não fugirá do Brasil e que continuará a ser um problema para os seus inimigos mesmo que seja preso ou morto. A manifestação convocada por Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi organizada para pressionar o Congresso a aprovar uma amnistia para condenados por ataques extremistas em Brasília a 8 de Janeiro de 2023 e pode beneficiar o próprio ex-presidente, formalmente acusado de tentativa de golpe de Estado.
“Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu estivesse do lado deles, mas eu escolhi ficar do lado do meu povo brasileiro. Eu tenho paixão pelo Brasil.” Declarou Jair Bolsonaro num momento do seu discurso, reforçando que não adianta condená-lo à prisão ou matá-lo, ele continuará a incomodar os que classifica como inimigos do Brasil e da liberdade.
O antigo governante criticou o juiz Alexandre de Moraes, que hoje comanda os processos contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), acusando o magistrado de, em 2022, quando era também presidente do TSE, Tribunal Superior Eleitoral, ter interferido directamente no resultado das presidenciais de 2022, em que acabou por ser derrotado por Lula da Silva por margem diminuta. Bolsonaro acusou Moraes, a quem já chamou de canalha e vagabundo e que classifica como o pior inimigo que já teve, de prejudicar sistematicamente a sua campanha à reeleição naquele ano, proibindo-o repetidas vezes de usar vídeos que mostravam a ligação de Lula da Silva a ditadores de vários países e de fazer denúncias que supostamente mostrariam irregularidades cometidas pelo hoje chefe de Estado.
Flávio Bolsonaro, senador e filho de Jair Bolsonaro, afirmou que o Brasil vive hoje uma ditadura insólita, a que chamou “Alexandrismo”, e acusou o magistrado que em 2023 tornou o pai dele inelegível até 2030, de ter criado as suas próprias leis, à revelia da Constituição brasileira, e atropelar tudo e todos para perseguir o ex-presidente por vingança pessoal. O ato pró-amnistia acontece pouco mais de uma semana antes de a Primeira Turma do STF, onde a vontade de Alexandre de Moraes prevalece geralmente sobre a dos outros quatro juízes, decidir se aceita ou não a acusação formal da PGR, Procuradoria-Geral da República, contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe e se o constitui ou não arguido por esse e mais quatro crimes, que podem acarretar-lhe mais de 40 anos de prisão.
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