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Bolsonaro diz ser um perseguido político e que Brasil vive uma ditadura

Antigo presidente brasileiro garante que governo vigente tenta sufocar a liberdade de expressão.

19 de fevereiro de 2025 às 19:49

 O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro classificou-se, esta quarta-feira, como um perseguido político e afirmou que o Brasil vive uma ditadura, neste momento.

Bolsonaro fez as declarações, em publicação na rede social X, horas depois da Procuradoria-Geral da República (PGR) ter apresentado formalmente uma acusação por tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa armada. Em 2022, o antigo presidente brasileiro terá liderado um plano para se manter no poder de forma autoritária após ter perdido as presidenciais desse ano para Lula da Silva.

 “O mundo está atento ao que se está a passar no Brasil. O truque de acusar líderes da oposição democrática de planearem um golpe não é novo. Todo o regime autoritário na sua ânsia pelo poder precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censura e prisões arbitrárias", declarou o antigo chefe de Estado.

Jair Bolsonaro, sem citar o atual presidente, Lula da Silva, reforçou a afirmação de que o Brasil está a viver sob um regime ditatorial, que tenta sufocar a liberdade de expressão e as vozes contrárias ao governo vigente. E comparou a situação do Brasil aos regimes autoritários da Venezuela, Cuba, Nicarágua e Bolívia.

 “O Brasil está a repetir a cartilha desses países de regimes autoritários.”, disparou Bolsonaro, classificando as acusações que lhe foram feitas pela PGR como “vagas”, sem qualquer prova ou fundamento e “um truque” para o tirar da vida política.

Na acusação formal feita ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República acusou Bolsonaro de ter idealizado, planeado e tentado pôr em prática uma rutura institucional, que só não foi concretizada porque dois dos três chefes militares recusaram aderir à revolta.

A PGR também afirmou ter provas de que, após perder as presidenciais para Lula, Bolsonaro apoiou um outro plano de generais ligados a ele para assassinarem o então presidente-eleito, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e o juiz Alexandre de Moraes, exatamente o relator dos processos contra o antigo governante e quem vai decidir nos próximos dias se o constitui ou não arguido.

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