A edição de hoje
Ex-presidente brasileiro sentiu-se mal durante um compromisso político em Goiânia, capital do estado de Goiás.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que esta sexta-feira se sentiu mal durante um compromisso político em Goiânia, capital do estado de Goiás, e teve de cancelar toda a sua agenda, foi hospitalizado ao amanhecer deste sábado no Hospital DF Star, um elegante hospital particular em Brasília. Na quinta-feira, ainda em Goiânia, a 208 km da capital do Brasil, Bolsonaro, de 70 anos, tinha afirmado durante um discurso que não estava nada bem e que vomita o dia inteiro.
“Desculpa, gente. Estou muito mal, vomito dez vezes por dia.”-Disse o antigo presidente, ao ser acometido no palco por uma crise de soluços que o impediu de continuar a falar. No dia seguinte de manhã, em um outro compromisso em Goiânia, Bolsonaro teve a voz embargada por novos soluços e arrotos involuntários, cancelou todos os compromissos e voltou à pressa para sua casa em Brasília.
De acordo com um auxiliar, Bolsonaro não melhorou de sexta para este sábado, mesmo tendo sido medicado e descansado bastante, e, por isso, os médicos aconselharam-no a ir para o hospital, o que fez ao amanhecer. O médico que comandou a última cirurgia que ele fez na região abdominal, o cirurgião Cláudio Birolini, de São Paulo, viajou ainda na madrugada deste sábado da capital paulista para Brasília para observar o ex-presidente pessoalmente.
Bolsonaro, ainda segundo o mesmo aliado, vai submeter-se ao longo deste sábado a diversos exames para se tentar traçar um quadro dos problemas de saúde que voltaram a afectá-lo. Entre esses exames estão análises clínicas ao sangue e exames de imagem, nomeadamente uma tomografia à região abdominal.
No dia 13 de Abril passado, Jair Bolsonaro foi submetido no DF Star a uma longa e delicada cirurgia, comandada por Biroli, para desobstrução intestinal e para refazer e reforçar as paredes abdominais, profundamente afectadas por seis cirurgias anteriores a que teve de submeter-se desde 2018, quando sofreu uma facada na região do abdomen durante um acto de rua da campanha presidencial desse ano, quando foi eleito. A cirurgia, que durou mais de 12 horas, teoricamente teria retirado todas as obstruções parciais e totais que se tinham formado ao longo do trato intestinal, e teria reforçado a estructura de toda a região, mas a verdade é que a saúde de Bolsonaro não melhorou e, só esta semana, além dos vómitos diários, ele sentiu-se mal três vezes em cidades diferentes, com dores, tremores e indisposição generalizada.
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