Antigo presidente brasileiro está indiciado em três processos e arrisca-se a pena de prisão.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, indiciado em três processos que podem acarretar-lhe dezenas de anos de cadeia se for condenado, não afasta a possibilidade de pedir asilo político numa embaixada estrangeira no Brasil, caso a sua prisão seja decretada pela justiça. Em entrevista ao site UOL, do Grupo Folha de S. Paulo, publicada esta quinta-feira, o antigo mandatário deixou a entender que essa é uma possibilidade que considera.
“Embaixada, pelo que eu vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá. Corro risco (de ser preso), sem dever nada corro risco, vivemos no mundo das arbitrariedades. Agora, eu não posso ir dormir preocupado se a polícia vai estar na minha casa amanhã cedo. Se o STF (Supremo Tribunal Federal) fizer essa arbitrariedade, vamos ver as consequências.”-Afirmou Bolsonaro, reconhecendo que pode ter a prisão decretada a qualquer momento sem confirmar, mas também sem rejeitar, a possibilidade de se refugiar numa representação diplomática.
Em Fevereiro passado, horas após ter sido surpreendido por uma operação da Polícia Federal de busca e apreensão na sua casa de praia em Angra dos Reis, no litoral do estado do Rio de Janeiro, Bolsonaro acreditou que o próximo passo da justiça seria prendê-lo e voou para Brasília, ficando quatro dias na Embaixada da Hungria, país governado pelo seu amigo de extrema-direita Victor Orban. Ao sair, negou que tivesse ido pedir asilo, declarando que ficou quatro dias e quatro noites na embaixada a fazer contactos políticos com o governo da Hungria na qualidade de líder internacional.
A versão não convenceu, mas o assunto foi deixado de lado até à semana passada, quando a Polícia Federal incriminou Jair Bolsonaro e a outras 36 pessoas e enviou ao Supremo Tribunal Federal o relatório final sobre a tentativa de golpe de Estado que ele supostamente planeou dar no final de 2022 para se manter no poder após ter perdido as presidenciais desse ano. Nos últimos dias, aumentaram muito os rumores de que Jair Bolsonaro poderia tentar fugir do país ou asilar-se numa embaixada, surgindo como principais possibilidades, além da da Hungria, a de Israel, do também seu amigo Benjamin Netanihau, a da Argentina, do igualmente radical de direita Javier Milei, e a dos EUA, onde Donald Trump, com quem sempre teve uma boa relação, toma posse em 20 de Janeiro e não negaria refúgio ao brasileiro, que se diz inocente de todas as acusações e perseguido.
“Sou um arguido sem crime. Fui condenado, tornado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sem crime nenhum. Que plano era esse (de dar um golpe de Estado, como a PF o acusa)? Dar um golpe com um general da reserva (Mário Fernandes, preso na semana passada), três ou quatro oficiais e um agente da PF? Que loucura é essa? O golpe de Estado não é o que o presidente quer. Ele tem de se articular com as Forças Armadas, com políticos, classe empresarial. Tem de ter recursos, tropa na rua.” - argumentou Bolsonaro.
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