Presidente do Brasil considera que medidas tomadas pelos governos regionais estão a prejudicar a economia.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, criticou, esta terça-feira, que governos regionais do país tenham declarado emergência e tenham anunciado medidas para procurar mitigar a disseminação da Covid-19, que considerou serem prejudiciais à economia.
Em entrevista à rádio Tupi, o chefe de Estado brasileiro voltou a dizer que há uma "histeria" em relação ao novo coronavírus, responsável pela Covid-19, que fez hoje a primeira vítima fatal no Brasil, no estado de São Paulo.
"Esse vírus trouxe uma certa histeria, tem alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, que estão tomando medidas que vão prejudicar em muito a nossa economia", declarou Bolsonaro à rádio Tupi.
Segundo o chefe de Estado brasileiro, isto causará um problema na economia do país porque pessoas que não têm trabalho fixo e que vivem de fazer pequenos trabalhos, não terão rendimento com as cidades e atividades paralisadas.
"Alguns comerciantes acabam tendo problemas. Você pode ver quando você vai a um jogo de futebol, o cara [homem, na gíria usada no Brasil] que vende o chá mate ali na arquibancada, o cara que guarda o carro, vai perder o emprego", argumentou Bolsonaro.
O presidente brasileiro defendeu que a pandemia deverá passar quando um número maior de pessoas for infetada e criar anticorpos no organismo.
"Começou na China, foi para Europa, e nós íamos passar por isso. Mas o que está errado é a histeria, como se fosse o fim do mundo. E uma nação, o Brasil por exemplo, só será livre desse vírus, o coronavírus, quando um certo número de pessoas infetadas criarem anticorpos, que passa a ser barreira para não infetar quem não foi infetado ainda", afirmou.
Bruno Covas, presidente da Câmara de São Paulo, maior cidade do Brasil, decretou hoje emergência por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus.
O governador do estado de São Paulo, João Dória, já tinha anunciado algumas medidas para diminuir a circulação de pessoas no estado, anunciando a paralisação das aulas nas escolas públicas e o encerramento de museus, bibliotecas, teatros e centros culturais do estado por até 30 dias.
O estado do Rio de Janeiro entrou em estado de emergência devido à Covid-19 e o governo local anunciou que fechará ao público, a partir de hoje, os seus principais locais turísticos, como o Corcovado e o Pão de Açúcar.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, reiterou, numa conferência de imprensa, a importância de seguir as recomendações das autoridades, num apelo aos jovens e àqueles que "não entenderam que estão a tentar evitar mais mortes como as que estão a ocorrer em Itália, Espanha e Coreia do Sul".
Em relação às medidas adotadas nos restaurantes, o governador aconselhou os habitantes a optarem por entregas ao domicílio ou a comprarem comida e levá-la para casa, de forma a evitar aglomerações de pessoas.
O Ministério da Saúde do Brasil registou oficialmente 234 casos de coronavírus na segunda-feira, mas levantamentos de imprensa local apontam para pelo menos 301 casos confirmados da doença.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
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