Entre os fugitivos está Timóteo Ferreira, um dos líderes do PCC.
O Brasil fechou este domingo a sua fronteira com o vizinho Paraguai ao longo do estado brasileiro de Mato Grosso do Sul depois de uma fuga em massa de criminosos da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na região fronteiriça. Os 76 fugiticos (inicialmente tinha sido divulgado que eram 75, mas a informação foi atualizada mais tarde) são todos membros da facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital, PCC, de São Paulo.
A fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai foi encerrada ao início da tarde por ordem do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e não há previsão para quando será reaberta. A cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e Ponta Porã, no Brasil, são separadas por apenas alguns metros e imagina-se que os brasileiros que fugiram da penitenciária paraguaia tentem entrar em território brasileiro.
António Carlos Videira, secretário de Justiça e Segurança Pública do estado de Mato Grosso do Sul avançou que foram enviados grandes efetivos policiais para reforçar a área de fronteira e as cidades mais próximas. O Comando de Operações de Fronteira passou o dia a procurar em estradas vicinais e áreas de mata entre os dois países, enquanto agentes da Polícia Rodoviária Estadual vigiavam e faziam Operações Stop nas estradas estaduais e a Polícia Rodoviária Federal fazia barreiras nas estradas federais que cortam o estado.
Mais de 200 agentes armados das Polícia Militar e Polícia Civil (Judiciária), reforçados com helicópteros, também foram enviados para Ponta Porã e Dourados, esta última a maior cidade na região da fronteira. A ideia passa por tentar evitar que os criminosos brasileiros que fugiram da cadeia paraguaia entrem no Brasil ou, se conseguirem entrar, que sejam identificados e detidos.
Os 76 reclusos que fugiram são considerados altamente perigosos e violentos. Entre eles estão Timóteo Ferreira, considerado o líder do PCC na região da fronteira entre os dois países, e líderes do grupo conhecido como "Minotauro", matadores especializados em executar inimigos do PCC ou abater membros da facção que tenham cometido alguma falha grave ou traído a organização.
Cecília Perez, ministra da Justiça do Paraguai, colocou o cargo à disposição do presidente do seu país, Mário Abdo Benitez, em protesto contra a suposta facilitação da fuga por guardas prisionais e autoridades locais. Dos 76 presos que conseguiram fugir, 25 estavam em celas no andar de baixo e devem ter sido os responsáveis por escavar o túnel por onde todos saíram perto das 04h00, 06h00 em Lisboa, e os outros estavam no andar de cima, tendo que ultrapassar vários obstáculos, entre eles um portão de ferro que deveria estar fechado.
Apesar disso e de as câmaras internas de videovigilância terem gravado a fuga, não houve qualquer reação dos guardas prisionais.
O PCC já se expandiu para vários países e, na região da fronteira com o Paraguai, domina totalmente o milionário comércio de droga, usando uma feroz disciplina de terror e um impressionante poder financeiro para inibir resistências e facilitar acções criminosas e fugas.
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