A edição de hoje
Pais de turista vindos de Hamburgo na posse de uma fotografia foram encaminhados pela PSP para o Hospital São José, onde receberam a notícia de que pai de menino de 3 anos está vivo.
A família do menino alemão de 3 anos que escapou com ligeiras escoriações ao acidente no Elevador da Glória, na quarta-feira, em que morreram 16 pessoas e 22 ficaram feridas, está a viver uma montanha-russa de emoções após descobrir que o pai da criança está vivo. O homem, de 46 anos, está internado no Hospital de São José, em Lisboa. Por sua vez, a mãe, de 45 anos, vítima de múltiplas lesões, está consciente e recupera no Hospital de Santa Maria, onde recebe visitas.
Nesta mesma unidade hospitalar permaneceu o menino, até quinta-feira à tarde, altura em que teve alta e foi acolhido pelos avós, que chegaram a Portugal, provenientes de Hamburgo, convictos de que vinham identificar o cadáver do filho. Os familiares deslocaram-se ao Instituto de Medicina Legal, em Lisboa, mas nenhum dos corpos correspondia ao cidadão alemão.
Uma porta-voz da polícia esclareceu, na sexta-feira, ao jornal alemão Bild o lapso: “A descrição física do cidadão alemão que recebemos era muito semelhante à de um britânico. Somente após testes científicos foi possível determinar a verdadeira identidade da vítima falecida.” Na mesma morgue estavam três cidadãos britânicos, um homem de 82 anos, uma mulher de 36 e outro homem de 44 anos, cujo perfil era semelhante ao do pai da criança. Desfeito o equivoco, a Polícia Judiciária esclareceu, em comunicado, que “o cidadão alemão, dado como sendo uma das vítimas mortais, veio a apurar-se que se encontra internado no Hospital de São José”, unidade onde estão mais duas vítimas do acidente, uma delas nos cuidados intensivos.
Os pais do turista alemão tinham uma fotografia da vítima e foram depois encaminhados pela PSP para o Hospital de São José, onde foi confirmado que, tal como o neto e a nora, o filho sobreviveu no amontoado de destroços em que se transformou o elevador após a violenta colisão com um prédio.
Dados da investigação divulgados hoje
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) adiou de ontem para este sábado a divulgação de informação sobre as constatações iniciais ao acidente. O adiamento é justificado pelo tempo necessário para a remoção dos destroços e acompanhamento de diligências da justiça.
Perícias a edifício
O edifício onde embateu o elevador foi ontem alvo de perícias. As atividades foram realizadas pelos serviços técnicos da câmara e da Proteção Civil.
Trabalhadores
A Comissão Coordenadora das Comissões de Trabalhadores da Região de Lisboa criticou o ‘outsourcing’ dos serviços de manutenção da Carris, defendendo que a manutenção deve ser feita por trabalhadores da empresa.
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