Governo cabo-verdiano conta com a recuperação do turismo no quatro trimestre.
O Governo cabo-verdiano admite um crescimento económico de até 7,5% este ano, com a recuperação do turismo no quatro trimestre, e cerca de 6% em 2022, de acordo com as mais recentes projeções do executivo.
As previsões constam do documento de suporte à proposta de lei do Orçamento do Estado para 2022, que a Assembleia Nacional está a analisar nas comissões especializadas e que reconhece que a "dinâmica económica nacional está fortemente condicionada pela retoma do turismo".
"Em ambiente de pandemia, o interesse e a confiança no país mantiveram-se e, em consequência, ao contrário do esperado, o nível de investimento direto estrangeiro direto aumentou. A concretização dos investimentos privados em curso vai ter impacto positivo no crescimento económico e no emprego nos próximos anos", afirmou esta quarta-feira, no parlamento, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
Praticamente sem atividade desde março de 2020, o turismo garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde e o Governo espera "que o contributo do setor seja sobretudo a partir do quarto trimestre" deste ano, recuperando após os efeitos da pandemia de covid-19, considerando também o início do período de época alta no arquipélago (inverno na Europa).
Neste cenário, "a expectativa" do Governo é que o PIB real possa "crescer entre 6,5% e 7,5%" este ano, face a 2020, que registou então uma recessão histórica de 14,8%.
"Para 2022, espera-se que com uma maior dinâmica do turismo, o PIB cresça cerca de 6%. Num cenário mais adverso, em que se materializem os principais riscos macroeconómicos, a expectativa é de que a atividade económica cresça no máximo 3,5%, sendo certo que será agravada a situação macro fiscal, sobretudo por via da arrecadação fiscal", lê-se no documento.
Segundo o Governo, a "incerteza ao nível do controle da pandemia e da retoma do turismo tem gerado constantes revisões para projeções da dinâmica económica nos países dependentes de turismo", como é o caso de Cabo Verde, que em 2019 tinha registado um recorde de 819 mil turistas.
Ainda assim, o chefe do Governo reconheceu no parlamento que Cabo Verde já vê "sinais de retoma".
"O Turismo começa a dar sinais de retoma. Hotéis reabriram, navios cruzeiros começam a chegar aos nossos portos e trabalhadores estão a regressar às ilhas turísticas do Sal e da Boavista", disse Ulisses Correia e Silva.
Até o mês de agosto passado, os aeroportos nacionais movimentaram cerca de 383 mil passageiros nos voos internacionais, o que representa uma redução de 43% em relação ao mesmo período de 2020 e 77,6% face a 2019, quando foram movimentados 1,7 milhão de passageiros.
"Portanto, para 2021 espera-se que o número de turistas tenha redução de cerca de 22% em relação a 2020. Para 2022, no melhor cenário, com a melhoria do plano de vacinação, o número de turistas deverá manter inferior aos números de 2011", lê-se num relatório da empresa pública ASA, que gere os aeroportos do país.
O Governo cabo-verdiano prevê que o PIB - toda a riqueza produzia no país - do arquipélago ascenda no próximo ano a 188 945 milhões de escudos (1705 milhões de euros), face aos 176 960 milhões de escudos (1597 milhões de escudos) projetados para 2021.
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