Governo reconheceu, no entanto, uma "melhoria" na situação epidemiológica.
O primeiro-ministro cabo-verdiano anunciou esta sexta-feira a prorrogação por mais 15 dias da situação de calamidade em todas as ilhas do arquipélago devido à covid-19, embora reconhecendo uma "melhoria" na situação epidemiológica.
"É necessário continuar a proteger e a implementar as medidas de proteção para baixarmos ainda mais o ritmo de transmissão, a taxa de positividade e a taxa de incidência acumulada em todas a ilhas e em todos os concelhos. Nesse sentido, o Governo decidiu prorrogar por mais 15 dias o estado de calamidade em todas as ilhas", afirmou Ulisses Correia e Silva, numa declaração ao país a partir do palácio do Governo, na Praia.
O primeiro-ministro acrescentou que este terceiro período consecutivo de situação de calamidade, agora por 15 dias, iniciará depois de 28 de junho.
"Mantêm-se assim as restrições em vigor e continuaremos a fazer a avaliação, de 15 em 15 dias, para tomarmos a melhor decisão relativamente ao estado da pandemia em Cabo Verde", disse ainda Ulisses Correia e Silva, reconhecendo a progressiva maioria de todos os indicadores da pandemia no arquipélago, que se verificaram ao longo do último mês, com alguns concelhos e ilhas já próximos de uma taxa de incidência de 25 casos por 100.000 habitantes.
Por esse motivo, apesar de manter as restantes restrições, será alargado o horário do período balnear nas duas principais praias da capital, que estavam condicionadas, diariamente, ao uso apenas das 06:00 às 08:00, desde 30 de abril.
"Vamos alargar os horários de frequência das praias que estão com restrições, nomeadamente as praias de Quebra Canela e da Prainha, aqui na cidade da Praia, mas ao mesmo tempo ações de fiscalização e sensibilização serão reforçadas de imediato, nas praias e nas zonas costeiras. Estando a aproximar-se o período das férias, é importante que todos cumpram as normas e colaborem com a autoridade sanitária, colaborem com a autoridade de proteção civil, colaborem com as autoridades policiais, para evitarmos termos que encerrar as praias por falta de condições sanitárias", afirmou.
"Está nas mãos particularmente dos jovens fazer uma boa colaboração, para evitar que os ajuntamentos possam provocar condições de transmissão", acrescentou Ulisses Correia e Silva.
Segundo a resolução do Conselho de Ministros que em 30 de abril declarou a situação de calamidade - o nível mais grave de três previstos na lei de bases da Proteção Civil - por 30 dias, renovada depois por igual período e agora por mais 15 dias, aplicada a todas as ilhas do arquipélago, "são proibidas as festas, sejam privadas, públicas ou em espaços públicos", os bares e esplanadas têm obrigatoriamente de fechar às 21:00 e os restaurantes às 23:00, entre outras medidas restritivas de contactos para conter a pandemia de covid-19.
Com a situação de calamidade decretada no final de abril pelo Governo, vários meses depois do último período, foram encerradas as instalações e proibidas as atividades coletivas de desporto, de lazer e de diversão e são encerradas as instalações e proibidas as atividades públicas, artísticas e culturais, quando realizadas em condições que ultrapassem a lotação máxima de 150 pessoas, que favorecem a aglomeração de pessoas, que não garantem o distanciamento físico e não cumprem com as regras sanitárias especificamente aprovadas para o efeito.
No período crítico da pandemia no arquipélago, Cabo Verde registou uma taxa de incidência acumulada de covid-19 a 14 dias (um indicador utilizado internacionalmente) de 727 casos por cada 100.000 habitantes, de 26 de abril a 09 de maio, mas que desde então está em queda, até aos atuais 159 por 100.000 habitantes, e uma taxa de transmissão nacional que ronda 0,82.
Ainda segundo dados da Direção Nacional de Saúde, nos últimos 14 dias, período de 07 a 20 de junho, Cabo Verde analisou 11.773 amostras, que comprovaram 898 casos novos de covid-19, correspondendo a uma taxa de positividade de 7,6%.
No período anterior, de 24 de maio a 06 de junho, foram analisadas 14.952 amostras, que identificaram 1.754 novos casos de covid-19, correspondendo a uma taxa de positividade de 12%.
Desde 31 de março que Cabo Verde estava a registar valores máximos de novos infetados consecutivos, quase todos os dias acima de 200, tendo registado 417 casos, em 05 de maio, quando o máximo anterior a este período foi de 159, em 11 de outubro de 2020.
Esta tendência inverteu-se no último mês, com o número de novos casos diários em queda, até ao mínimo de 32 infetados em 14 de junho, o valor mais baixo desde 22 de março (26 casos).
Cabo Verde regista um acumulado de 32.257 casos do novo coronavírus desde 19 de março de 2020 (quando foi diagnosticado o primeiro infetado no arquipélago), distribuídos por todos os 22 municípios das nove ilhas habitadas, e 285 óbitos, segundo os dados do Ministério da Saúde.
De acordo com os números apresentados hoje pela Direção Nacional de Saúde, Cabo Verde já vacinou com pelo menos uma dose da vacina praticamente 20% da população elegível do arquipélago (com mais de 18 anos), equivalente a mais de 70 mil pessoas, atingindo nos últimos dias mais de 3.500 vacinas contra a covid-19 administradas diariamente.
O Objetivo do Governo é garantir pelo menos 70% da população adulta vacinada este ano.
Na sua intervenção, o chefe do Governo anunciou que Cabo Verde espera receber em breve novas doações de vacinas contra a covid-19 dos Estados Unidos da América e dos Países Baixos, redobrando por isso os apelos à adesão da população à vacinação, mas também aos cuidados de proteção individual.
"Continuemos a intensificar a realização de testes e a fiscalização para o cumprimento das normas sanitárias e de proteção individual relativamente a esta pandemia. Apelamos às pessoas para continuarem a usar máscaras, continuarmos a fazer a higienização das mãos e continuamos a evitar ajuntamentos", disse.
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