Doença é primeira causa da morte no continente africano e Cabo Verde tem ligações diárias com países que tem o paludismo como uma doença autóctone.
Cabo Verde vai receber na próxima semana a última equipa técnica da OMS para obter a certificação de país livre de paludismo, num processo em que quer "falar a uma só voz", disse esta sexta-feira a ministra da Saúde.
"Nós estamos num processo muito importante que é a certificação de Cabo Verde enquanto país livre de paludismo. É um processo muito longo e desafiante, é um processo em que ao conseguirmos estaremos a dar um passo gigantesco", disse Filomena Gonçalves, após visitar alguns bairros da cidade da Praia conhecidos por terem focos de mosquitos.
A ministra informou que em 12 de junho vai chegar ao país uma equipa técnica de avaliação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a última de sete etapas do processo, para depois o país saber se está em condições de obter o certificado de país livre do paludismo (ou malária), o que espera conseguir ainda este ano.
Apesar de estar há cinco anos sem uma transmissão local de paludismo - no ano passado registou 21 casos importados -, frisou que a doença é primeira causa da morte no continente africano e Cabo Verde tem ligações diárias com países que tem o paludismo como uma doença autóctone.
A governante disse que as visitas acontecem quando o país vai iniciar a época das chuvas servem para mostrar que Cabo Verde ainda tem muitos desafios, quer institucionais, individuais, mas também de saneamento, do tratamento de águas residuais.
"Temos que juntar as nossas forças, estarmos juntos, mas precisamos é alargar este esforço, precisamos estar a falar a uma só voz rumo a esta certificação", apelou Filomena Gonçalves, em declarações aos jornalistas no final da visita, no bairro de Fonton, depois de passar por Lém Ferreira e Várzea.
A ministra disse que é um processo multissetorial, que envolve outras instituições e parceiros, sobretudo da OMS, que esteve sempre com o país nesse desafio, que frisou tem a ver com a segurança sanitária do país.
"É um processo que nós temos que estar consciencializados, o país inteiro, todos têm de abraçar esta causa, para podermos estar a vencer este grande desafio. Para vencermos este desafio, o comportamento de cada pessoa, de cada cabo-verdiano, cada visitante, cada residente, é muito importante, em termos de comportamento, em termos de saneamento", apelou ainda a mesma fonte.
O país tem um Programa Nacional de Luta Contra o paludismo e um plano estratégico, para reforçar o controlo vetorial (luta antilarvar, campanhas de pulverização, medidas e gestão ambiental) a vigilância epidemiológica (deteção, investigação e notificação obrigatória dos casos), assistência aos pacientes (diagnóstico e tratamento) e comunicação e mobilização social.
Segundo a OMS, em 2021 foram registados cerca de 247 milhões de novos casos de malária, em comparação com os 245 milhões em 2020, e 95% dos casos e 96% das mortes ocorreram na região africana.
De acordo com o último relatório mundial sobre a malária, publicado em dezembro de 2022, o paludismo matou cerca de 619.000 pessoas em 2021, em comparação com 625.000 em 2020.
A malária, uma doença curável, é transmitida entre humanos através da picada de um mosquito infetado, sendo uma das principais causas de morte a nível global.
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