A edição de hoje
O caso de Armin M., o canibal de Rotenburg, na Alemanha, que assassinou e comeu um homem que conheceu através da Internet, está a suscitar dúvidas legais, uma vez que o canibalismo não está inscrito como crime na legislação alemã nem na da generalidade dos países europeus.
Por este motivo, a única forma de condenar o homem que é já conhecido como o “Hannibal Lecter alemão”, é pelo homicídio de Juergen Brandes, técnico informático, crime alegadamente já documentado sem margem para dúvidas.
Mas, apesar das notícias que o jornal “Bild” continua a publicar, a Polícia não confirmou ainda a existência de um filme mostrando o homicídio e o festim canibal que se lhe seguiu. O que foi confirmado pelo Ministério Público é a confissão de Armin, que terá admitido tudo.
Baseados nessa confissão e nos restos humanos descobertos no congelador da casa do canibal, os investigadores procuram agora eventuais ossadas de outras vítimas, apesar de Armin admitir apenas ter assassinado e comido Brandes, com o alegado consentimento deste.
Apesar de o caso presente permitir, aparentemente, uma condenação do criminoso, não por canibalismo mas por homicídio agravado, a pergunta que fica por responder é: e se não tivesse havido homicídio, ao abrigo de que parâmetro legal se condenaria alguém que ingeriu carne humana?
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