Fugiu de operação STOP por estar embriagado. Não tinha seguro nem inspeção. Alegou preconceito por ser estrangeiro.
Um homem de 30 anos, que atropelou um militar durante um operação de fiscalização rodoviária e fugiu percorrendo quase um quilómetro da A8, na zona de Loures, em contramão, vai continuar em prisão preventiva por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa.
O caso ocorreu perto do natal do ano passado, a 22 de dezembro, durante uma operação STOP da GNR. O condutor foi mandado parar e disse que não tinha carta. Quando o militar que o abordou lhe pediu para estacionar o veículo, para realizar o teste de alcoolemia e para verificar a documentação em falta, o homem arrancou bruscamente, arrastando o militar. A fuga, a alta velocidade, levou os restantes elementos da patrulha a lançarem-se numa perseguição. Como ia em excesso de velocidade, perdeu o controlo do veículo e acabou por se despistar, ficando o veículo em sentido contrário. E foi em contramão que arrancou novamente. Acabou por ser travado por uma segunda viatura policial. Resistiu, foi manietado e algemado.
Verificou-se que conduzia com taxa-crime de álcool (1,54 g/l) e que o veículo não tinha seguro nem inspeção periódica válida. Está em prisão preventiva desde o dia 24 de dezembro, mas alegou preconceito por ser estrangeiro. Os juízes desembargadores, porém, entendem que o arguido agiu “com enorme desfaçatez e com um incompreensível sentimento de impunidade” e ainda “com indisfarçável desprezo pela vida e integridade física de quantos o rodeiam – constituindo tais factos um reflexo da personalidade de quem os pratica, e, como tal, transmitem um forte e real perigo de continuação da atividade criminosa.
Não percebeu que atropelou militar
Às autoridades o condutor, que prestou declarações, disse que encetou fuga para não ser fiscalizado pela GNR, adiantando não se ter apercebido que atropelou um militar da GNR. Admitiu que tinha ingerido muitas cervejas, mas não as soube quantificar. Acabou por reconhecer que estaria embriagado. Disse ainda que a sua carta de condução estava na posse do irmão, que reside em Loures, de resto, na casa onde tinha estado a beber. Foi no regresso que se deparou com a operação de fiscalização. Sabia que não tinha seguro, nem inspeção periódica válida e que estava embriagado e, por esse motivo, fugiu. Adiantou estar psicologicamente afetado devido ao falecimento do pai.
Intercetado a 120 km/hora
O arguido, que seguia a uma velocidade superior a 120 km/hora, acabou por ser detido por uma segunda viatura policial. Foi obrigado a sair da viatura e a deitar-se no chão. Como resistiu, teve de ser manietado e algemado. De acordo com o processo, no dia 22 de dezembro de 2024, só no distrito de Lisboa, registaram-se 45 acidentes, que provocaram uma vítima mortal; três feridos graves e 18 feridos ligeiros. A nível nacional, ocorreram, no mesmo dia, 307 acidentes, com duas vítimas mortais.
Crimes
O arguido está indiciado por um crime de resistência e coação sobre funcionário e um crime de atentado à segurança de transporte rodoviário, punível com pena superior a três anos de prisão.
No país há 5 anos
O arguido tem 30 anos e vive em Portugal há cinco anos; partilha um apartamento com um primo.
Militar ferido
O militar da GNR atropelado sofreu hematomas e escoriações com hemorragia e trauma no ombro direito.
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