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Carro desgovernado atropela 16 pessoas e mata bebé

Condutor detido pela polícia alega que terá sofrido ataque epilético, no Rio de Janeiro.

19 de janeiro de 2018 às 00:50
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Carro desgovernado atropela 16 pessoas e mata bebé

A polícia do Rio de Janeiro não acreditava na madrugada desta sexta-feira, 19, que o atropelamento colectivo ocorrido pouco antes no calçadão da Praia de Copacabana, zona sul daquela cidade brasileira, tenha sido um ataque terrorista. No atropelamento, pelo menos 16 pessoas ficaram feridas, várias em estado grave, e uma delas, um bebé de apenas oito meses, acabou por morrer no hospital.

Gabriel Ferranto, o inspector da polícia que interrogou o motorista que guiava o carro envolvido no acidente, identificado como António de Almeida Anaquim, de 41 anos, disse que o homem não parecia um fanático religioso. O inspector também adiantou que, durante o interrogatório, Anaquim não parecia estar sob o efeito de drogas ou de álcool.

À polícia, o homem que guiava o carro que avançou sobre pessoas que passeavam no calçadão de Copacabana, que ladeia o areal da praia mais famosa do Brasil, disse que é epiléptico e que no momento do acidente tinha sofrido um ataque e "apagado". Anaquim relatou que não se lembrava de nada e que não tinha noção de como tinha saído da pista da Avenida Atlântica, subido no calçadão e, depois de atropelar várias pessoas, caído na areia da praia, atingindo outras.

No carro, a polícia encontrou embalagens de medicamentos para epilepsia, o que parece corroborar a versão do motorista. Outro facto que reforça a hipótese de realmente se ter tratado de um acidente é que há dois anos António de Almeida Anaquim já se tinha envolvido em outro acidente, chocando com a mota em que seguia contra a traseira de um autocarro no bairro do Leblon, também na zona sul do Rio de Janeiro, aparentemente durante um outro "apagão" provocado por um ataque epiléptico.

Pouco depois das 02h00 desta sexta-feira, pelo horário de Lisboa, 15 pessoas tinham dado entrada nos dois principais hospitais públicos do Rio de Janeiro, o Souza Aguiar, no centro da cidade, e o Miguel Couto, na zona sul. Mas havia informações de que outras pessoas tinham sido levadas por particulares para hospitais privados.

Pelo menos quatro pessoas estavam a essa hora em estado grave, entre elas, infelizmente, a mãe do bebé cuja morte já tinha sido confirmada a essa altura. Um outro paciente estava em estado gravíssimo, com traumatismo craneano e outros ferimentos.

#AHORA Un coche arrolla a una multitud en Río de Janeiro dejando 15 heridos -Conductor alegó un "ataque epiléptico" cuando transeuntes le daban una paliza https://t.co/fPAtKLbwsX pic.twitter.com/88bUP95Dkf #Copacabana

#BREAKING Authorithies confirm the Copacabana car incident is not terror related. Driver had an epilepsy attack and lost control of his car. pic.twitter.com/2nIEJ5HagK

Apesar de o acidente ter ocorrido perto das 20h30 locais da noite de quinta-feira, o calçadão de Copacabana e a própria praia estavam lotadas de cariocas e de turistas. Durante o dia, a sensação térmica na cidade chegou aos 45 graus, e à hora do acidente, apesar de já ser de noite, passava dos 30, o que chamou muita gente para a orla da praia.

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