Para o ECDC, "as crianças sem fatores de risco conhecidos são também suscetíveis a doenças graves e hospitalização".
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) apoiou esta quarta-feira a vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos, conforme aprovado pelo regulador da União Europeia (UE), sugerindo que as correm risco integrem grupos prioritários.
Em causa está um relatório do ECDC com considerações de saúde pública para apoiar as autoridades da UE e Espaço Económico Europeu (UE/EEE) a tomar decisões sobre a administração de vacinas anticovid-19 a crianças mais pequenas, após o aval da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para esta extensão, na semana passada.
No documento publicado esta quarta-feira, o ECDC conclui que "as crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 11 anos que correm risco grave de covid-19 devem ser consideradas um grupo prioritário para a vacinação, tal como em outros grupos etários", segundo informação à imprensa.
"As taxas de hospitalização e a proporção de casos hospitalizados com covid-19 em crianças dos 5 aos 11 anos de idade aumentaram, de acordo com os casos noutros grupos etários, mas permanecem em níveis muito mais baixos do que em adultos", informa esta agência europeia, de recomendações aos países, em comunicado.
Para o ECDC, "as crianças sem fatores de risco conhecidos são também suscetíveis a doenças graves e hospitalização, pelo que se poderia considerar a vacinação de todas as crianças entre os 5 e 11 anos de idade, tendo em conta a situação epidemiológica do SARS-CoV-2 ao nível nacional".
Quanto aos efeitos da vacinação desta faixa etária, o centro europeu indica que, "para a transmissão do vírus a nível comunitário, espera-se que o impacto da vacinação para crianças seja mais baixo para países com uma baixa taxa de vacinação em adultos e mais significativo para países com uma taxa elevada entre adultos".
Este organismo vinca, ainda assim, que "a vacinação de crianças não pode ser considerada um substituto para a vacinação de adultos", sendo que esta última deve ser "a principal prioridade" dos países.
Dados do ECDC revelam que foram identificados em 10 países da UE/EEE um total de 65.800 casos de covid-19 em crianças dos 5 aos 11 anos relacionados com a variante Delta, de elevada transmissão, dos quais 0,61% implicaram internamento e 0,06% cuidados intensivos para apoio respiratório.
No relatório, o organismo aponta que "a contribuição relativa das crianças para a circulação global do SARS-CoV-2 pode ter aumentado devido a fatores incluindo o aparecimento da variante Delta e o aumento da cobertura vacinal nos grupos etários mais velhos".
Esta quarta-feira mesmo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que as vacinas anticovid-19 para crianças dos 5 aos 11 anos, do consórcio farmacêutico BioNTech/Pfizer, chegam à UE em 13 de dezembro.
O regulador europeu - a EMA - recomendou, na semana passada, a administração da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech a crianças desta faixa etária a que se seguiu o anúncio da Comissão Europeia de compra de doses.
Esta é a primeira vacina aprovada na UE para crianças dos 5 aos 11 anos, numa altura em que se verificam aumentos de casos nestas idades e quando os Estados Unidos já a administram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde deverá emitir uma recomendação esta semana, após receber um parecer da comissão técnica de vacinação.
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